Início Brasil Volkswagen vai paralisar a produção de Gol, Voyage, Fox e T-Cross por...

Volkswagen vai paralisar a produção de Gol, Voyage, Fox e T-Cross por falta de peças

Grupo no telegram: t.me/seligacamacari | Site de vagas em Camaçari: ACESSE
Foto: Divulgação

Já não é novidade: a falta de peças preocupa o setor automotivo e a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), que já havia alertado o “risco de mais montadoras interromperem a produção pela insuficiência de insumos” devido à pandemia. Dito e feito. A Volkswagen anunciou na última segunda-feira (31) que as fábricas de São José dos Pinhais (PR) e de Taubaté (SP) ficarão sem produzir por 10 dias.

O motivo? “Uma escassez significativa de capacidades de semicondutores”. A paralisação irá afetar as linhas de montagem do Gol e do Voyage, que são fabricados em Taubaté, e do Fox e do T-Cross, que são produzidos em São José dos Pinhais. Em resposta à Autoesporte, a fabricante afirma que “não há previsão de atraso na entrega dos carros”.

Fábrica da Volkswagen em São José dos Pinhais — Foto: Divulgação

“Até hoje, as nossas unidades no País não foram afetadas em maior escala. Entretanto, com o agravamento do cenário e com base na situação atual, presumimos que o fornecimento de semicondutores continuará a ser limitado ao longo das próximas semanas. Por essa razão, as fábricas da Volkswagen em São José dos Pinhais, no Paraná, e em Taubaté, em São Paulo, suspenderão as suas operações por 10 dias, a partir de 7 de junho”, afirmou a fabricante em comunicado.

Não é a primeira vez que a Volkswagen irá suspender a produção de seus carros. Em março, a fabricante parou a produção de todas as suas fábricas por causa da pandemia por 12 dias corridos.

Veja o comunicado na íntegra:
Uma escassez significativa de capacidades de semicondutores está levando a vários gargalos de fornecimento em muitas indústrias globalmente. Isso também gerou problemas no abastecimento da indústria automotiva ao redor do mundo desde a virada do ano. O resultado são adaptações em toda a indústria na produção de automóveis, o que também afeta as marcas do Grupo Volkswagen.

Nos últimos meses, o time da Volkswagen do Brasil tem trabalhado intensamente e com sucesso, internamente e em parceria com a nossa matriz, para minimizar os efeitos da escassez de semicondutores para a produção em suas fábricas no Brasil. Até hoje, as nossas unidades no País não foram afetadas em maior escala. Entretanto, com o agravamento do cenário e com base na situação atual, presumimos que o fornecimento de semicondutores continuará a ser limitado ao longo das próximas semanas.

Por essa razão, as fábricas da Volkswagen em São José dos Pinhais, no Paraná, e em Taubaté, em São Paulo, suspenderão as suas operações por 10 dias, a partir de 7 de junho.

O que são semicondutores e por que eles estão em falta?
Semicondutores são pequenos chips, tão comuns e de fabricação relativamente simples, e que agora são responsáveis pela paralisação de linhas de montagem em todo o planeta. Estima-se perdas de ao menos US$ 60 bilhões previstas para este ano.

Mas por que eles estão em falta? Com o fechamento das linhas de montagem para conter o avanço da covid-19 e as incertezas sobre o cenário econômico, a maior parte das montadoras colocou o pé no freio e diminuiu os pedidos das matérias-primas necessárias para a fabricação dos veículos, incluindo os chips.

Quando as linhas de montagem foram reabertas, a partir do segundo semestre de 2020, as empresas necessitavam de matérias-primas para produzir os veículos, mas receberam a resposta de que não havia chips suficientes no mercado para dar conta da produção.

Outros ramos econômicos, como a indústria de notebooks, TVs, smartphones e dispositivos móveis, farejaram um mercado aquecido provocado pelas mudanças do home office. O resultado é que as fornecedoras de chips priorizaram essas empresas e deixaram as fabricantes de automóveis no final da fila.

As empresas que lideram a produção desses componentes eletrônicos, como as americanas Intel e Nvidia ou a taiwanesa TSMSC, sempre deram conta de atender as diferentes indústrias que passaram a depender dos chips para a fabricação de seus produtos — dos smartphones aos eletrodomésticos e, claro, nos veículos. Mas daí chegou a pandemia para bagunçar as leis da oferta e da demanda.

Com informações do Auto Esporte