Vocalista da Chicana, Tay é homenageado por familiares e amigos durante seu velório

Por: Reprodução/ Acorda Cidade

Familiares, amigos e artistas foram ao Centro de Velório Gilson Macedo se despedir do cantor Tarcísio Freitas, neste domingo (20). Vocalista da banda Chicana, Tay morreu no dia anterior em um acidente de carro na BR-116, em Feira de Santana.

O irmão do cantor, Geovane Freitas, contou ao Acorda Cidade que soube do acidente através de um telefonema. “Recebi uma ligação, mas estava muito ruim e senti já uma angústia mesmo sem saber do que se tratava. Quando a ligação caiu, esperei o retorno, eu estava nas imediações da Fraga Maia. A pessoa perguntou quem tava falando e informou sobre o acidente, informou que ele havia morrido no local”, disse Freitas.

Ele lembrou a forte relação de amizade e amor com o irmão e como a morte do pai os aproximou ainda mais. “Por que as pessoas que querem o bem, que pregam a verdade estão indo logo embora? Por que não ficam pra ensinar outras pessoas? Fiquei sem chão com essa notícia. A gente era muito unido, sempre um com outro e não vou ter mais o abraço, o carinho dele. Em 2005, perdemos nosso pai. Na época eu abandonei o rádio pra cuidar do meu irmão, tinha ele como filho, sou mais velho que ele 10 anos”, citou Freitas.

Tay foi para a cidade de Candeal fazer uma live. Freitas afirmou que soube através de terceiros que Tay tentou fazer uma ultrapassagem, bateu no fundo de um caminhão, perdeu o controle e capotou o veículo. “Talvez estivesse sem cinto, mas não sabemos ao certo. A pancada foi na cabeça e ele quebrou o pescoço. Agora como é que fica? Ele estava preparando o novo CD. Ontem à noite fui buscar os documentos dele em Salvador e vi várias músicas em cima da cama dele, com canetas, rabiscos. A casa toda arrumada, ele reformou a casa toda e não vai morar lá”, acrescentou.

A cantora Márcia Porto relatou que o artista era uma pessoa muito intensa, que amava viver, sonhava em fazer um CD autoral e lançar um livro. “Ele até mandou alguns poemas pra amigos e quando a gente ouve os poemas, entende o amor que ele tinha pela vida e de repente a vida leva ele e a gente fica sem chão. Peço a todos que orem por ele, pra que o espírito dele tenha paz, com muita energia de amor”, descreveu Márcia.

O prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins, também esteve no velório. “Ontem por volta das 15h30 eu passava na BR-116 norte quando vi um carro capotado na vegetação e mais dois carros parados com pessoas descendo. Na volta, cerca de 18h, tinha uma viatura da PRF no local, paramos e tivemos a informação de quem se tratava. Vim trazer os pêsames para a família. A música baiana e feirense perde. Pra morte não temos escolha, são desígnios de Deus”, lamentou.

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