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Vinte erros de português que você provavelmente já cometeu e suas correções

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Você com certeza já se perguntou se estava pronunciando ou escrevendo alguma palavra de forma correta. No entanto, o que poucos sabem é que o português também possui suas pegadinhas. Os detalhes normalmente confundem e, embora isso não deva acontecer, alguns erros passam despercebidos. Por conta disso, a revista Exame listou alguns dos erros cometidos mais recorrentes. Confira!

1. Mal/ mau
Erro: Era um mal funcionário e foi demitido.
Forma correta: Era um mau funcionário e foi demitido

Explicação: Reinaldo Passadori, professor e CEO do Instituto Passadori, explica que mau e bom são adjetivos, ou seja, conferem qualidade aos substantivos, palavras que nomeiam seres e coisas. Exemplos: “Ele é bom médico” e “Ele é mau aluno”. Por outro lado, mal e bem podem exercer três funções distintas. Exercem a função de advérbios, modificam o estado do verbo, por exemplo: “Seu filho se comportou mal na escola” e “ele foi bem aceito no novo trabalho”. Como conjunção, servindo para conectar orações, como em “Mal chegou e já se foi”. Essas palavras também têm a função de substantivos, por exemplo: “Você é o meu bem” e “o mal dele é não saber ouvir”.

2. Senão/ se não
Erro: Senão fizer o relatório, não cumprirá a meta.
Forma correta: Se não fizer o relatório, não cumprirá a meta.

Explicação: Para dar a ideia de “caso não faça o relatório”, como no exemplo acima, o certo é utilizar a forma separada. Senão (em uma só palavra) tem vários significados, segundo explicação de Laurinda Grion: do contrário, de outra forma, aliás, a não ser, mais do que, menos, com exceção de, mas, mas sim, mas também, defeito, erro, de repente, subitamente.

3. Seríssimo/ seriíssimo
Erro: O problema é seríssimo.
Forma correta: O problema é seriíssimo.

Explicação: Os adjetivos terminados em io antecedido de consoante possuem o superlativo com ii, explica Laurinda Grion, autora de “Erros que um executivo comete ao redigir (mas não deveria cometer)”, da editora Saraiva.

4. Tão pouco/ tampouco
Erro: Não fala inglês, tão pouco espanhol.
Forma correta: Não fala inglês, tampouco espanhol

Explicação: Tão pouco equivale a muito pouco. Já tampouco pode significar: também não, nem sequer e nem ao menos.

5. Vir/ vier
Erro: Se ele não vir amanhã, vai perder mais uma reunião importante.
Forma correta: Se ele não vier amanhã, vai perder mais uma reunião importante.

Explicação: No caso do verbo vir, temos as seguintes formas no futuro do subjuntivo, explica Vivien Chivalski: quando eu vier, ele vier, nós viermos, eles vierem.

6. A domicílio/ em domicílio
Erro: O serviço engloba a entrega a domicílio
Forma correta: O serviço engloba a entrega em domicílio

Explicação: No caso de entrega usa-se a forma em domicílio. A forma a domicílio é usada para verbos de movimento. Exemplo: Foram levá-lo a domicílio.

7. Ao invés de/ em vez de
Erro: Ao invés de comprar carros, compraremos caminhões para aumentar nossa frota.
Forma correta: Em vez de comprar carros, compraremos caminhões para aumentar nossa frota.

Explicação: “Ao invés de” representa contrariedade, oposição, o inverso. “Em vez de” quer dizer no lugar de. É uma locução prepositiva, sendo terminada em de normalmente.

8. Aonde/onde
Erro: Não sei aonde fica a sala do diretor
Forma correta: Não sei onde fica a sala do diretor

Explicação: O advérbio onde indica lugar em que algo ou alguém está. Deve ser utilizado somente para substituir vocábulo que expressa a ideia de lugar. Exemplo: Não sei onde fica a cidade de Araguari. O advérbio aonde indica também lugar em que algo ou alguém está, porém quando o verbo que se relacionar com “onde” exigir a preposição “a”, deve-se agregar esta preposição, formando assim, o vocábulo “aonde”. Expressa a ideia de destino, movimento, conforme exemplo a seguir: aonde você irá depois das visitas?

9. Bi-campeão /bicampeão
Erro: Em 1993, o São Paulo Futebol Clube foi bi-campeão mundial, sob o comando de Telê Santana.
Forma correta: Em 1993, o São Paulo Futebol Clube foi bicampeão mundial, sob o comando de Telê Santana.

Explicação: A forma correta de usar os prefixos numéricos “bi”, “tri”, “tetra”, “penta”, “hexa”, “hepta” (etc) é sem hífen. “O Novo Acordo Ortográfico nunca exigiu nem exige alteração gráfica”, diz o professor de língua portuguesa do Damásio Educacional, Diogo Arrais.

10. Descrição/ discrição
Erro: Ela age com descrição.
Forma correta: Ela age com discrição.

Explicação: Descrição refere-se ao ato de descrever. Exemplo: Ela fez a descrição do objeto. (ela descreveu). Discrição significa ser discreto.

11. Descriminar/ discriminar
Erro: Descrimine os produtos na nota fiscal e coloque todos os códigos necessários.
Forma correta: Discrimine os produtos na nota fiscal e coloque todos os códigos necessários.

Explicação: Descriminar significa absolver, inocentar. É o que o prefixo “des” faz – indica uma ação no sentido contrário – e, nesse caso, quer dizer tirar o crime. Exemplo: Ele falou em descriminar o uso de algumas drogas Discriminar significa distinguir, separar, diferenciar, especificar. Isso pode ser feito com ou sem preconceito. Quando há preconceito, o sentido é de segregação. Exemplo: A discriminação racial deve ser combatida sempre.

12. Devidas providências
Erro: Peço as devidas providências.
Forma correta: Peço providências

Explicação: Trata-se de um vício de linguagem, segundo Vivien Chivalski, do Instituto Passadori – Educação Corporativa. O adjetivo (devidas) é desnecessário e redundante. “Quem pediria providências indevidas”, diz Vivien.

13. Entre eu e ele/ entre mim e ele
Erro: Entre eu e ele não há conversa nem acordo.
Forma correta: Entre mim e ele não há conversa nem acordo.

Explicação: Os pronomes pessoais do caso reto exercem função de sujeito (ou predicativo do sujeito) e não de complemento.

14. A grosso modo/ grosso modo
Erro: O que quero dizer, a grosso modo, é que há mais chances de dar errado do que de dar certo.
Forma correta: O que quero dizer, grosso modo, é que há mais chances de dar errado do que de dar certo.

Explicação: A expressão é “grosso modo”, sem a preposição a.

15. Há 10 anos atrás/ há 10 anos
Erro: Há 10 anos atrás, eu decidi comprar um imóvel.
Formas corretas: Há 10 anos, eu decidi comprar um imóvel. Dez anos atrás, eu decidi comprar um imóvel.

Explicação: É redundante usar “há” e “atrás” na mesma frase. O verbo haver impede a palavra atrás em seguida sempre que estiver relacionado a tempo, à ação que já se passou. Há, portanto, duas formas corretas para a frase: “há dez anos” ou “dez anos atrás”.

16. Houveram/houve
Erro: Houveram rumores sobre um anúncio de demissão em massa.
Forma correta: Houve rumores sobre um anúncio de demissão em massa.

Explicação: Haver no sentido de existir não é usado no plural.

17. Independente/ independentemente
Erro: Independente da proposta, minha resposta é não.
Forma correta: Independentemente da proposta, minha resposta é não.

Explicação: Independente é adjetivo e independentemente é advérbio. O enunciado acima pede o advérbio.

18. Penalizado/ punido
Erro: Quem desrespeitar o código de conduta será penalizado.
Forma correta: Quem desrespeitar o código de conduta será punido.

Explicação: Penalizar significa “causar pena”, “magoar”. No sentido de castigar, o certo é usar o verbo punir, indica Laurinda Grion.

19. Precaver/ prevenir
Erro: É importante que a empresa se precavenha contra invasões.
Forma correta: É importante que a empresa se previna contra invasões.

Explicação: O verbo precaver é defectivo, não tem todas as conjugações. No presente do indicativo só existem a 1ª e 2ª pessoa do plural (precavemos e precaveis) e não existe presente do subjuntivo.

20. Preveram/ previram
Erro: Os analistas preveram tempos de crise.
Forma correta: Os analistas previram tempos de crise.

Explicação: A conjugação do verbo prever segue a do verbo ver. Logo, se o certo é dizer eles viram, é certo dizer eles previram.

*iBahia