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Vídeo: vítima de injúria racial, mulher é impedida de entrar em mercado Dia de Pernambués

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Por: Ilustrativa
Por: Tiago Di Araujo | BNews

Na noite desta quarta-feira (15), moradores do bairro de Pernambués, em Salvador, ficaram revoltados com o ocorrido no mercado Dia, localizado na Rua Thomaz Gonzaga. Uma mulher, que não quis ser identificada, foi impedida por seguranças de entrar no estabelecimento porque estava em posse de uma mochila. No entanto, outros clientes com bolsas e sacolas não tiveram nenhum problema.

O caso foi registrado em vídeo por um amigo da vítima, que flagrou diversas outras pessoas circulando pelo estabelecimento também com mochilas, e acusou os seguranças e a gerente do mercado de injúria racial contra a jovem. “Minha amiga me ligou chorando, eu fui lá, vi várias pessoas com bolsas, mochilas, sacolas, dentro do mercado, sem nenhum problema. Ela foi barrada porque ela é negra e para eles é suspeita”, disse em contato com a reportagem do BNews na manhã desta quinta-feira (16).

Ainda no vídeo, revoltado com a situação, o rapaz questiona a gerente sobre a seleção de clientes que podem ou não entrar no estabelecimento com mochila. A responsável pelo mercado também aparece nas imagens, mas não dá nenhuma explicação sobre o ocorrido. “Ela ficou o tempo todo rindo, debochando da situação. É um absurdo isso”, disse o amigo da vítima.

Testemunhas que estavam no local afirmaram que situações semelhantes estão ocorrendo desde que o estabelecimento foi alvo de furtos, que segundo funcionários, teriam sido cometidos por mulheres. “Tem gente que eles abrem a bolsa para ver o que tem dentro. Isso está acontecendo direto”, declarou um cliente.

A reportagem do BNews procurou o estabelecimento, que através da assessoria de imprensa, informou que o caso será apurado. “O DIA informa que está apurando o ocorrido junto ao franqueado da loja localizada à Rua Thomaz Gonzaga, 151, em Salvador (BA). De qualquer forma, esclarece que faz parte do procedimento da loja a orientação de que os clientes armazenem pertences (como mochilas e sacolas) em armários disponibilizados na entrada do estabelecimento. A rede reitera que não compactua com quaisquer atitudes discriminatórias e reforça que prima por relações éticas com seus parceiros, colaboradores e clientes e que investe constantemente na disseminação de seus valores para a melhoria dos processos, principalmente, de atendimento ao público”, diz nota.