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Vereador de Dias d’Ávila é indiciado por envolvimento em morte de dono de ótica

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Por Gabriel Seixas e Maryane Meira | Mais Região

Vereador Irmão Edvaldo durante sessão. Set-2016. (Foto: Arquivo Mais Região )

A 25ª delegacia de Dias d’Ávila concluiu, nesta semana, o inquérito sobre as investigações do assassinato de um dono de ótica, ocorrido há quase dois anos. Três pessoas foram indiciadas pelo crime, uma delas é vereador da cidade.

De acordo com informações da polícia, foram indiciados: Felipe Soares de Santana, conhecido como “Felipe Gabbana”, Maurício Vieira Bastos e o vereador Edvaldo Santos de Santana, conhecido como Irmão Edvaldo (PSD). O parlamentar foi citado por Felipe como mandante do crime, que inclusive é seu sobrinho.

Os suspeitos teriam revelado que o motivo do crime teria sido chantagem. Eles teriam dito que a vítima estava ameaçando divulgar um vídeo intimo do vereador e que o conteúdo poderia comprometer a sua releeição, já que restavam semanas para a eleição municipal.

Nivaldo Marques da Hora Junior, conhecido como Baldochi (foto abaixo) , foi morto em setembro de 2016 no, bairro do Imbassaí. Na época, testemunhas relataram que dois homens numa motocicleta teriam participado do crime.

Empresário Baldochi (Arquivo Pessoal)

O inquérito policial foi concluído nesta quinta-feira (6) e encaminhado ao Ministério Público (MP-BA). Se considerar que há provas, o MP, por meio do promotor de Justiça, apresentará denúncia à Justiça.

O QUE DIZ O VEREADOR

Ao Mais Região, por telefone, o vereador Irmão Edvaldo se pronunciou sobre o caso e negou qualquer participação na morte do empresário. Conforme o vereador, no dia do assassinato, ele foi avistado com a vítima – o fato tem gerado muitos boatos e acusações mentirosas ao seu respeito.

“O problema todo é que eu estive com Baldochi no dia que ele morreu, ele me pediu um dinheiro para o combustível, e eu levei até ele, fui ao posto de gasolina com ele. Ele me pediu dez reais. Se quebrarem o sigilo telefônico vão perceber o que estou falando”, explica.

Sobre o possível vídeo íntimo, Irmão Edvaldo também negou a existência, principalmente aproximação com a vítima. “É mentira, essa conversa nunca existiu. Eu nunca sair para festa com Boldock. Essa conversa que a gente fazia orgia e que tinha coisas gravadas é mentira. Se eu já sair, foi pra divertir e papear na casa dele, com a mulher dele, com a sogra. A própria mulher dele, eu tenho certeza que ela jamais vai dizer que sair com ele para lugar nenhum”, destaca.

Questionado sobre ser acusação pelo sobrinho, Edvaldo afirmou que não pode julgar Felipe e dizer que ele matou sem provas. “Eu não sei nem se ele (Felipe) citou meu nome e nem o que aconteceu, não sei se é armação. O delegado perguntou assim: Você acha que ele matou? eu respondi que não sei se ele é capaz de matar. Eu vou julgar se o cara é capaz de matar?”, indagou.

Para concluir, o vereador disse que o sobrinho é praticamente um filho – “Felipe é meu sobrinho, praticamente um filho meu. Ele estava envolvido em coisas erradas e minha vida era tirar ele desse mundo. Se Felipe tem documentação e habilitação foi eu quem tirei, ele saiu para Aracaju passou um ano lá, foi eu que fiz isso por ele, para não matar ele. Quando eu vi que ele tinha mudado eu trouxe ele novamente, arrumei um emprego e quando estava trabalhando e tudo, foi preso por roubo. Uma vergonha para mim”.