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Vagner Mancini cobra dívida do Vitória: ‘Não recebi um real daquilo que é meu’

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Em entrevista ao programa Band Esporte Show, da Rádio Bandeirantes de Porto Alegre (RS), o técnico criticou a ‘Lei do Treinador’

Foto: Maurícia da Matta/ EC Vitória

Por Bahia.ba

Longe do Vitória desde a demissão em julho deste ano após sofrer uma goleada de 4 a 0 para o Atlético-PR, Vagner Mancini voltou a ter seu nome relacionado ao Rubro Negro, mas desta vez por uma cobrança de dívida.

O ex-técnico do time baiano e vice-presidente da Federação Brasileira dos Treinadores de Futebol (FBTF), afirma que não recebeu nenhum valor referente a rescisão do seu contrato.

Em entrevista ao programa Band Esporte Show, da Rádio Bandeirantes de Porto Alegre (RS), o técnico criticou a ‘Lei do Treinador’.

“Então, o contrato é por tempo determinado, só que ele não é respeitado, porque nós não temos uma legislação atuante, né? A Lei do Treinador, ela é de 1993 e ela tá defasada. Nós entramos com um projeto que está em Brasília, já passou por algumas fases já foi aprovado em algumas comissões, mas ainda falta uma terceira para, depois, ir para o Senado, pra virar lei, né. Então, o caminho ele é longo, ele é difícil, porque as coisas não acontecem da forma como todos nós esperamos aqui no Brasil, infelizmente. Então a nossa legislação, ela precisa ser melhor regulamentada e eu vou citar exemplos. Se um clube de futebol, hoje, manda embora um atleta, ele tem que pagar 50% do que falta do contrato do atleta, isso não acontece para o treinador. Em algumas situações acontece, quando o treinador tem a capacidade de ter um departamento jurídico ou um advogado que consiga fazer bem feito o contrato, tá? O que é que, novamente, acontece: lá fora, na Espanha, na Inglaterra, na Alemanha, que são países mais desenvolvidos que o nosso nesse tipo de legislação, o clube demite o treinador e, enquanto ele não acertar com esse treinador, ele não pode apresentar um novo treinador”.

Mancini afirma que no Brasil a situação dos técnicos é mais complicada e pediu respeito pela profissão.

“Aqui no Brasil, teoricamente, deveria ser assim. No estado de São Paulo, a Federação Paulista já colocou no regulamento da competição dela que isso aconteça e vem tendo êxito nisso. A CBF tá tentando fazer isso daí também, mas não consegue, porque os clubes não aceitam, então vai ter que ser uma imposição da CBF. E, aí, nós estamos pressionando a CBF também para que faça isso e eu vou te dar um relato aqui, que é meu. Eu saí do Vitória no final de julho e ainda não recebi um real daquilo que é meu direito, né, da multa contratual, daquilo que foi acerto que fizemos, do destrato que foi feito, então é muito difícil a gente ser respeitado, assim como o atleta é, o atleta tem a legislação a seu favor, né, e, infelizmente, a nossa está muito defasada”.

O Vitória confirma que existe a dívida, mas afirma que a situação esta sendo resolvida internamente.