‘Shazam’ é bobinho, mas diverte
Se você gosta de um bom filme de super-herói, é melhor esperar por ‘Vingadores: Ultimato’ ou ‘X-Men: Fênix Negra’. A ida ao cinema para ver ‘Shazam’ pode ser frustrante, se você não for com o coração aberto e pronto para assistir a uma trama sem grandes efeitos especiais e com um roteiro confuso. Apesar de tudo, o filme é um bom passatempo, tem uma mensagem legal e consegue arrancar algumas risadas.
Os problemas começam a aparecer logo no início, com a direção patinando para delimitar os marcos temporais da história e definir os personagens. É preciso esperar quase uma hora para que, finalmente, os pingos comecem a ser colocados no is. A demora faz com que o processo de guinada do filme seja sofrível, o que felizmente é salvo pelo primor dos personagens que compõem o núcleo familiar da trama.
‘Shazam’ é cheio de referências a outros filmes, fala de família, companheirismo, bullying e dialoga com todos os públicos, em especial o infanto-juvenil. Na condução do enredo essa opção fica clara, e não há demérito algum nisso. O filme satisfaz e cumpre muito bem o seu papel. ‘Shazam’ não é – e nem se propõe a ser – dramático como ‘X-Men’ ou fatalista como ‘Vingadores’. Sua forma leve de entreter agrada e se encaixa perfeitamente no vasto universo dos super-heróis. Se o objetivo é se distrair e dar risada, está mais do que indicado.
*Heyder Mustafá é jornalista e produtor cultural formado pela UFBA, editor de conteúdo da GFM e Bahia FM, apresentador do Fala Bahia e apaixonado por cinema, literatura e viagens.
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