“Sem dúvida Lula não estará na urna dia 07 de outubro”, diz Jutahy Magalhães Jr. sobre petista

Em entrevista ao Varela Notícias, deputado ainda falou sobre o voto dado durante o impeachment da ex-presidente Dilma Roussef

(Foto: Varela Notícias)

O deputado federal Jutahy Magalhães Júnior (PSDB), em entrevista ao Varela Notícias, na manhã desta quarta-feira (31), falou sobre a condenação do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT), pelo caso do tríplex do Guarujá, e garantiu que, de acordo com a lei, o petista não vai às urnas nas eleições 2018.

Ao ser questionado sobre o resultado do julgamento de Lula, no dia 24, quando foi condenado a 12 anos e 1 mês, em segunda instância pelo Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região, o deputado diz que é possível fazer avaliação das consequências no sentido político, mas, segundo ele, a questão criminal é de responsabilidade do Poder Judiciário. “Na questão eleitoral, eu afirmo sem nenhuma dúvida que Lula não estará na urna no dia 07 de outubro. Ele é inelegível pelo fato de ter sido condenado a 12 anos de cadeia em regime fechado”, afirma. “Ele não será candidato porque a Ficha Limpa é pacificada em relação a isso. É indiscutível que a consequência eleitoral existe e aqui na Bahia o que foi bom no passado para eles será negativo agora para o PT”, argumenta.

Ruína

Para Jutahy o PT fez duas apostas políticas e uma já perdeu. “Primeiro que Lula seria candidato independente de qualquer questão e Lula está inelegível e não será candidato. Ninguém está acima da lei, e a lei hoje da Ficha Limpa define que o candidato condenado como ele foi a 12 anos de prisão em regime fechado, na segunda instância, está inelegível”, destaca.

“Então a primeira aposta do PT da Bahia é que Lula seria um fator de alavancagem para candidatura do governador Rui Costa. E a segunda aposta que eles fizeram é de que ACM Neto não sairia candidato, e essa eles vão perder também. Isso daí é uma situação que o PT da Bahia não imaginava. Muita gente acredita que as eleições do PT foi fruto da força local. Pela força local, Wagner não teria sido eleito em 2006 e nem Rui Costa teria sido eleito em 2014, o fator principal foi a veiculação à campanha presidencial e, sem nenhum menosprezo, 50% dos eleitores que votaram em Rui Costa não sabiam nem o nome dele, votaram no 13 e esse 13 que foi a força dele em 2014 será a fraqueza em 2018”, declara Júnior.

Impeachment

O deputado ainda falou sobre o voto que deu durante o impeachment da ex-presidente Dilma Roussef, em 2016, quando foi a favor da saída dela do Palácio do Planalto. “Meu voto primeiro foi porque ela cometeu crime de responsabilidade. A pergunta que faziam ao deputado era: está caracterizado crime de responsabilidade? No meu modo de entender, está! Agora, além do fato do crime de responsabilidade, havia um país com milhões de pessoas nas ruas desesperadas pelo desemprego, pela fragilidade da nossa economia”, diz.

Jutahy conta que a manutenção de Dilma representava um custo gigantesco para vida das pessoas. Relata, ainda, que havia perspectiva de queda do Produto Interno Bruto (PIB) de até 6% acumulado, além do déficit nos dois anos anteriores. “Então você tinha uma crise econômica gigantesca, em que a coisa mais cruel era o emprego e tinha uma crise moral e legal, então votei convicto de que estava cumprindo o que a constituição definia. E, além de tudo, era extremamente útil para o país criar um ambiente de não deixar o país descer ladeira abaixo na economia”, pontua.

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