Seis dicas para se recuperar da ressaca do Carnaval

Hidratação e alimentação leve e saudável são algumas das orientações

Foto: Bruno Concha / Secom

O Carnaval de Salvador acaba oficialmente nesta terça-feira (13), mas todo mundo sabe que a festa invade a Quarta-feira de Cinzas com o arrastão puxado por Carlinhos Brown, fazendo com que alguns foliões emendem a programação com o trabalho. Para driblar a ressaca física e mental e voltar à rotina bem de saúde, fique de olho nas recomendações do médico Ivan Paixa, do Samu 192, e nas dicas dos próprios foliões mais experientes.

Sempre bom hidratar

Um dos principais efeitos do álcool é causar desidratação. Por isso, é importante beber bastante água. A recomendação médica é beber, pelo menos, dois litros por dia, mas se ficar difícil seguir à risca a orientação é intercalar o álcool com a água sempre que o cidadão começar a se sentir tonto. Antenada, a assistente social Silvana Barros, 45, sempre segue a recomendação. “Ficar embriagada não é legal, principalmente quando se está na rua. Por isso, intercalo sempre com a água”, conta.

Alimentação leve e saudável

Sabe aquela boa feijoada, carregada de carnes gordas e aquele pirão de mocotó? O ideal é deixar esse tipo de refeição para depois. A gordura tem uma digestão mais lenta, o que causa aquela famosa sensação de peso e cansaço ou, como diriam os mais velhos: “dá na fraqueza”. Já a alimentação balanceada, com frutas, folhas e legumes, além de nutrir com vitaminas, proporciona uma sensação de leveza, ideal para cair no molejo e se recuperar depois mais rapidamente.

Beba com moderação

Em geral, os efeitos do álcool têm três fases: a primeira, quando o indivíduo começa a ficar eufórico e perder um pouco os reflexos; a segunda, que se caracteriza por perda da coordenação motora e início da rejeição à bebida; e a terceira, em que há uma perda total de resposta aos estímulos e tem início o estado de coma. Por isso, o ideal é não exagerar. O folião Henrique Dias, 35, já presenciou alguns amigos nessa situação e, após a preocupação e transtorno, limita-se a beber menos, respeitando os limites do corpo e da sanidade. “Quem perde o sentido, perde o melhor da festa”, diz.

Energético e álcool não combinam

É na segunda fase dos efeitos da bebida alcoólica que a pessoa começa a se retrair e o organismo a rejeitar o álcool. No entanto, quando se mistura com energético, substâncias como taurina e cafeína estimulam a continuar bebendo e inibem os efeitos da segunda fase, o que pode fazer com que o indivíduo tenha um coma alcoólico. Além disso, quem tem problemas cardíacos pode sofrer sérios danos à saúde com essa mistura.

Água de coco e caldo de cana

“Quando a ressaca já pegou, não tem líquido mais milagroso que a água de coco”, diz o comerciante Carlos dos Anjos, de 50 anos. Mas a lista não para por aí: ele também gosta muito da ação do caldo de cana. O líquido é doce e repõe as energias. Isso sem falar na melancia gelada.

Roupas leves

Short e blusa à vontade e um tênis básico que amorteça o impacto. Esses são os itens que não podem faltar à foliã Cristina Vilas Boas, 29. “Eu gosto de pular, extravasar, e a roupa apertada atrapalha os movimentos”, diz. E ela está certíssima. O médico Ivan Paiva explica que, além do desconforto, as roupas apertadas e longas podem aumentar a temperatura corporal, provocando mal estar. Isso certamente prejudica aqueles que precisam estar prontos para o trabalho já na Quarta-feira de Cinzas.

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