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Saída da Ford da Bahia representa queda de R$ 500 milhões em impostos, diz secretário estadual da Fazenda

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Além dos impactos econômicos causados pela pandemia, outro duro golpe sofrido pelo setor na Bahia foi o fechamento do complexo fabril da Ford, localizado em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador. O cenário negativo se agrava com a ameaça de inflação e o fim do auxílio emergencial.

Segundo o secretário estadual da Fazenda, Manoel Vitório, a decisão da Ford causou espanto, tendo em vista o anúncio inesperado. Em entrevista ao programa “Isso é Bahia”, da Rádio A TARDE FM, na manhã desta terça-feira, 2, o titular da pasta revelou surpresa com o fechamento responsável por milhares de demissões.

“Nós não tínhamos nenhum indicativo sobre isso. Sabíamos que o setor está passando por uma transformação muito grande, mas, até o ano passado, estávamos conversando com a direção sobre a manutenção dos incentivos fiscais. Enfim, não tinha pleito não atendido deles aqui”, afirmou durante a entrevista.

Ainda segundo Vitório, o real efeito da saída da Ford na economia ainda não foi calculado, no entanto, em impostos diretos, a saída da empresa do Estado representa uma redução R$ 500 milhões por ano.

Pandemia e auxílio

De acordo com o secretário, a Bahia agiu de forma antecipada em relação aos possíveis danos gerados pela pandemia do novo coronavírus. “A pandemia, já em 2019, despontava na China, através dos relatórios, vimos que poderia se espalhar globalmente. Acho que o grande sucesso do governador Rui Costa foi antecipar os acontecimentos e estudar o cenário. Logo que começou 2020, fizemos uma reunião com a exposição e fizemos uma projeção do que acreditávamos que poderia acontecer, mesmo antes da chegada do vírus aqui. Houve um aperto geral de cintos”, contou.

Avaliando a chegada de Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, eleitos, nesta segunda-feira, 1°, presidentes da Câmara e do Senado, respectivamente, Vitório frisou a importância do auxílio emergencial no período pandêmico mais intenso e espera que o projeto seja mantido pelo menos até o fim do primeiro semestre de 2021

“Algo que nos deu um alento foi o auxílio emergencial. A população conseguiu ter acesso à uma rende extra, que garantiu um subsidio mínimo para eles. Isso atenuou um pouco a pobreza e fez rodar um pouco mais a economia, o que acaba se revertendo em arrecadação também. Essas pessoas que assumiram, tinham um planejamento de continuidade do auxilio emergencial, que para economia do Brasil e dos baianos, seria muito importante. Pelo menos pelos próximos seis meses”, observou.

Planejamento

O gestor também fez um balanço do ano que passou e explica o planejamento executado pela pasta em um ano com diversos problemas na economia e almeja uma recuperação com a assistência da União.

“Fechamos 2020 dentro do que planejamos. Tínhamos três cenários: um mais otimista, um intermediário e um pessimista. Fechamos no intermediário. O estado da Bahia está melhorando seu conceito em capacidade de pagamento. A Bahia voltará a ter condições de empréstimos com o aval da União. Mesmo sem essa condição, continuamos como o segundo estado que mais investe no Brasil, atrás apenas de São Paulo”, salientou.

Por A Tarde