Relatório da Bahia Pesca aponta que peixes da orla de Camaçari não estão contaminados

A Bahia Pesca divulgou, nesta quinta-feira, 21, relatório apontando que peixes e frutos do mar coletados no litoral norte do estado, entre os municípios de Conde e Salvador, não estão contaminados pelo óleo que atingiu as praias do Nordeste. Contudo, não há como atestar se os peixes e mariscos estão aptos ao consumo, uma vez que essa liberação só pode ser dada pela Agência Nacional de Vigilância sanitária (Anvisa).

A Bahia Pesca é vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri), motivo pelo qual o documento foi lido pelo secretário de Agricultura do estado, Lucas Costa. O gestor informou que o laudo será encaminhado para a Diretoria de Vigilância Sanitária e Ambiental (Divisa) e Anvisa para que, a partir daí, a população saiba se os mariscos podem ou não ser consumidos.

A análise buscou a presença de hidrocarbonetos em 23 animais, e, de acordo com o laudo do laboratório Lepetro – especializado em geoquímica ambiental e do petróleo –, vinculado à Universidade Federal da Bahia (Ufba), os níveis encontrados foram insignificantes dentro dos parâmetros referenciais americanos.

Lucas Costa explicou que a captura dos animais se deu nos rios, mangues e no mar e disse ainda que o estudo se guiou a partir de amostras compostas, onde vários animais de uma mesma espécie são capturados para possibilitar mais certeza na amostragem. “Por exemplo, para se analisar um único caranguejo, foram capturados em torno de 40 para que a gente consiga uma amostra viável no laboratório. Então são coletados 40 caranguejos, para se chegar a uma única amostra”, disse.

Foram analisados caranguejos, siris, peixes e ostras para que se verificasse se haveria ou não presença do material. “Por muita sorte nossa, entendemos que todos estão abaixo do nível de contaminação. Essa foi uma amostragem e metodologia completamente diferente das outras análises já divulgadas porque não são produtos manufaturados, são produtos capturados direto do mangue e do mar, isso é uma grande diferença”, explicou o secretário.

Até o fechamento desta matéria, a Divisa informou não ter recebido o relatório da Seagri.

Benefício

Um dos dois salários mínimos que devem ser pagos nos meses de novembro e dezembro a pescadores e marisqueiras prejudicados pelo desastre ambiental ainda não foi depositado. Anunciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no último dia 6 de novembro, o prazo para entrada da primeira parcela do benefício na conta dos pescadores é até o dia 30 deste mês.

Na quarta-feira, Lucas Costa esteve na sede do Mapa em Brasília para solicitar celeridade na liberação da verba. “Fomos pleitear que esse seguro emergencial seja pago o mais rápido possível”. De acordo com o secretário, até o momento a Bahia Pesca já cadastrou cerca de dez mil pescadores e marisqueiras.

Fonte: Jornal A tarde

Botão Voltar ao topo
error: O conteúdo está protegido!