Quatro policiais, entre eles uma delegada, são presos em Salvador
Quatro policiais civis baianos, entre eles a titular da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR), delegada Carla Ramos, foram presos durante uma operação deflagrada pela Corregedoria da Polícia Civil, nesta segunda-feira (7). Segundo informações obtidas pelo BNews, a delegada, a escrivã Iraci Santos Leal, e os investigadores Agnaldo Ferreira de Jesus e Carlos Antônio Santos da Cruz são investigados por suspeita de crime de tortura durante apurações.
A agressão aconteceu durante a investigação de um assalto, que teria ocorrido na quinta-feira (3), a uma casa lotérica, no bairro de Don Avelar. Os policiais conduziram a vítima, que denunciou o caso à Corregedoria, a uma sala onde ela foi espancada e torturada até confessar onde estaria o dinheiro roubado.
No local, a vítima contou que recebeu chutes, socos, tapas e cacetadas na cabeça, e também teve um dos dedos do pé quebrado. A mulher também contou que um policial enfiou o cassetete em sua garganta e tentou colocar o objeto em seu ânus, mas foi impedido por outro policial. A delegada foi envolvida no caso porque teria permitido os atos.
Integrantes do Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Secretaria da Segurança Pública do Estado da Bahia (Sindpoc), o delegado-corregedor José Fernando Oliveira e a delegada Maria Selma, do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP) participaram da ação que resultou na prisão dos agentes.
O site entrou em contato com a delegada Carla na manhã desta terça-feira (8), quando ela foi liberada, mas a autoridade policial não comentou o assunto. Os policiais também tiveram a prisão revogada. À reportagem, a assessoria da Polícia Civil confirmou a informação. Leia a nota na íntegra:
A Polícia Civil, através da sua Corregedoria, investiga uma denúncia de excessos que teriam sido praticados por equipes da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR). Mandados contra a titular da unidade, delegada Carla Santos Ramos, e os investigadores Agnaldo Ferreira de Jesus, Carlos Antônio Santos da Cruz e Iraci Santos Leal foram cumpridos. Os policiais foram ouvidos na Corregedoria, que segue apurando o fato.
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