Proposta do Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari será apresentada ao presidente da Ford na América do Sul
Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari (STIM) e Ford seguem em negociação para evitar demissões e garantir maior produtividade da fábrica no município.
Em vídeo publicado nas redes sociais, Júlio Bonfim, presidente do sindicato, afirma que colocar a proposta da categoria em prática depende da aprovação do presidente da Ford na América do Sul, Lyle Watters. Uma reunião está agendada para o dia 16 de março com a diretoria da montadora.
Na tarde desta terça-feira (3) houve uma reunião com a direção da companhia para discutir novamente as prioridades dos profissionais da fábrica e encaminhá-las a Watters.
Caso as reivindicações dos trabalhadores não sejam aceitas, o Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari já prepara mobilizações. “Pelo tempo que levamos de negociação, que não foram nem uma, nem duas, nem dez, nem vinte, foram várias e várias negociações… não ter uma posição [positiva] por parte da Ford, nós estamos aqui já sinalizando a possibilidade de mobilização de todo Complexo Ford”, garante Bonfim no vídeo.
O sindicato defende a estabilidade coletiva dos empregos por quatro anos, crescimento salarial com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), abono de todos os dias devedores de todos os turnos até o dia 2 de janeiro de 2020 e, se necessária, a implantação do lay off.
Além disso, dentro da proposta aprovada por unanimidade em assembleia no dia 13 de dezembro do ano passado, está o aumento progressivo da PLR, começando em R$ 15,5 mil a partir de 2020 com projeção de chegar a R$ 18 mil em 2023. Segundo o sindicato, atualmente a PLR dos trabalhadores da Ford é de R$ 19.640,00. Bem como, a manutenção do cartão alimentação com o aumento do valor com base no INPC e descontos, se for o caso, de acordo com o número de faltas; manutenção do plano médico do Mediservice e a inclusão de novos produtos na planta.
Proposta da Ford
Já a Ford havia proposto, inicialmente, a demissão de 1.400 funcionários, entre trabalhadores da montadora e sistemistas – sendo 140 demissões na Bentler, 200 na Flex N Gate, 124 na Cooper e 126 na Sodecia.
Além disso, a separação do pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) dos trabalhadores da Ford e autopeças, sendo R$ 14 mil e R$ 4 mil, respectivamente, com congelamento de quatro anos; fim do cartão alimentação até 2023; mudança do plano de saúde de Mediservice para Hapvida e congelamento de salários por quatro anos.
Essas propostas foram rejeitas pelos trabalhadores em assembleia.
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