Primeiro caso de gato com COVID-19 no Brasil é confirmado
A COVID-19, além de preocupante, tem se mostrado enigmática e surpreendente, uma vez que a cada dia se descobre algo diferente acerca dessa doença. E é com isso em mente que, nesta segunda-feira (19), o Brasil registrou o primeiro caso confirmado de gato com a COVID-19. O caso aconteceu em Cuiabá, no Mato Grosso. Enquanto quase um milhão de pessoas já morreram com a COVID-19 em todo o mundo, existem apenas poucos relatos de animais que contraíram o vírus.
A gata de poucos meses contraiu a doença de seus tutores, mas não apresenta sintomas da doença. Desde que aconteceu a infecção, estão investigando a possibilidade de outro gato e de um cachorro também estarem infectados. Não é nova a questão em torno de as pessoas transmitirem o coronavírus para os animais. Investiga-se a hipótese de estes poderem, então, contaminar gente e outros bichos, algo que aumentaria os meios de transmissão.
Apesar de ter sido a primeira brasileira, não foi a primeira do mundo. Na verdade, o primeiro caso de felino a contrair a COVID-19 aconteceu na Bélgica, em meados de março. De acordo com a Faculdade Veterinária da província de Liege, o animal contraiu a doença de sua dona. O Conselho Nacional de Proteção do Animal na Bélgica apontou que nesse caso, não há motivos para abandonar o seu pet, e reiterou a necessidade de serem mantidos os hábitos de higiene, ou seja, lavar as mãos antes e depois de acariciar o animal e não esfregar as mãos nos narizes deles.
No entanto, em caso de diagnóstico positivo para a COVID-19 em humanos, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) recomenda evitar que esses pacientes tenham contato direto com animais de estimação — ou seja, não é recomendado que a pessoa faça carinho, beije, deixe ser lambido, compartilhe a comida e nem durma na mesma cama. No caso de quem precisa cuidar do animal, é orientado que se faça com o uso de máscaras e que se lave as mãos (de preferência, com água e sabão) antes e depois do contato.
Gatos e COVID-19
Em setembro, um estudo científico confirmou que cachorros e gatos podem ser contaminados pelo SARS-CoV-2, mas que nenhum deles conta com a probabilidade de ficar doente. Segundo essa análise, felinos são capazes de desenvolver uma resposta imune mais protetiva e forte, que pode ajudar nos estudos de desenvolvimento de uma vacina para humanos. Até então, ainda não há alguma evidência de que algum tipo de animal doméstico tenha passado o vírus para as pessoas, mesmo que gatos já tenham o transmitido para outros gatos.
Na ocasião, os pesquisadores concluíram que nenhum dos animais apresentavam sinais de terem desenvolvido a doença. Isso não significa, no entanto, que essa possibilidade está descartada.
Fonte: O Globo
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