Por onde anda Nara Costa, artista que marcou geração do Arrocha

O jeitinho que Nara gosta é outro há alguns anos. E o amor, que por anos rolou na beira da praia, migrou para cultos em templos sagrados, com devoção apenas para o Senhor. Mas a lembrança do passado que marcou não só a vida de Nara Costa, um dos ícones do arrocha, como uma geração de baianos, não é um incômodo para a artista.

Convertida ao evangelho há 10 anos e fora do arrocha há 6, Nara leva uma vida diferente da que tinha quando era uma das referências no gênero em 2003. Atualmente, a ex-cantora de arrocha se apresenta como Serva de Deus nas redes sociais e congrega em uma Igreja Batista de Salvador.

“Fazem 6 anos que eu larguei o arrocha, nesses 6 anos eu escolhi o anonimato. Para trabalhar meu lado emocional, meu lado espiritual, meu lado pessoal e há quatro anos eu tenho caminhado junto aos convites que as igrejas me fazem para louvar, dar meu testemunho, e é esse a minha caminhada. Não tenho feito nada secular, somente mesmo na Igreja”, contou Nara ao iBahia.

Foto: Reprodução / Arquivo Pessoal

A escolha de seguir o caminho da vida cristã não foi algo que consumiu os pensamentos de Nara. Segundo a artista, Jesus apareceu como uma resposta para os momentos turbulentos que viveu em 2012 com uma depressão.

“A Bíblia me ensinou que eu não poderia adorar a dois senhores. Então ou eu estragava um ou o outro, e eu decidi viver somete para Cristo. Para mim foi muito fácil, eu sempre fui muito decidida nas minhas escolhas de vida. Eu passei por um período depressivo em 2012, onde nada que eu procurava para estabelecer meu lado emocional me trazia resposta, nem no trabalho, nem na vida pessoal. Eu só encontrei esse alicerce com Cristo, não é papo de religião, não foi uma placa de igreja que me trouxe a força para continuar. Foi Jesus”.

Foto: Reprodução / Arquivo Pessoal

Apesar de não se apresentar mais com músicas seculares, Nara lembra com carinho da carreira que já chegou a dar a artista o título de “Rainha do Arrocha”.

“Eu não larguei a música porque é algo que me dá prazer. Eu só não canto mais a música secular. Mas não me incomoda (ser lembrada) por que é a minha história. Eu não tenho como passar uma borracha naquilo que eu vivi, e sou muito grata a todos que me acompanharam e que me acompanham até hoje. Todos que curtem as músicas. É minha história de vida”, disse.

Reconhecida nas ruas por admiradores que tiveram seus romances embalados pela voz de Nara, a eterna Rainha do Arrocha fala sobre como é receber o carinho do público 19 anos após o lançamento de seu primeiro CD, o ‘Pra Dançar Agarradinho’.

“As pessoas ainda me param nas ruas. Isso é muito gostoso, eu gosto do carinho das pessoas, gosto do amor que as pessoas transmitem, de receber esse afeto, o olhar carinhoso. Isso mostra que a gente marcou uma história, é gostoso de lembrar. Eu conquistei muita coisa através do arrocha. Conheci muitas pessoas, tive o crescimento pessoal na época. Fiz muita coisa que eu queria fazer”.

Para Nara, toda carreira no arrocha fica como uma boa lembrança que não deve voltar atrás. “Hoje eu estou sendo feliz, me considero realizada”.

Com informações do iBahia.com

Botão Voltar ao topo
error: O conteúdo está protegido!