Dois amigos de infância, identificados pelos prenomes de Vanderson e Andeilson, foram encontrados mortos dentro do porta-malas de um carro na madrugada de terça-feira (17/5) no bairro de Castelo Branco, em Salvador. Vídeos gravados por testemunhas mostram as vítimas sangrando, com várias perfurações pelos corpos.
O caso está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), mas, segundo familiares, os dois – moradores do bairro de Mussurunga – passaram por um “tribunal do crime” somente porque moravam em uma região dominada por uma facção criminosa rival à de Castelo Branco.
Os bandidos gravaram Vanderson e Andeilson, ainda com vida. “Você é de onde, sacana”, questiona um dos criminosos. “Sou de Lauro de Freitas”, responde uma das vítimas, na tentativa de se livrar da execução.
Depoimentos de familiares dos homens sustentam que nenhum deles tinha envolvimento com o tráfico de drogas, nem ligações com facções criminosas. “Ele foi vítima de um golpe, anúnciaram venda de pneus por um site e eles foram atrás desses produtos”, declarou, emocionada, a avó de Vanderson, sem identificar seu nome.
Os jovens saíram de casa por volta das 19h30 de segunda (16/5), a bordo do veículo em que foram encontrados. “Eu quero Justiça”, declarou a avó. A narrativa de golpe é inflamada pelos depoimentos de outros familiares, que afirmam que os bandidos teriam utilizado dos celulares dos rapazes, para pedir PIX, na tentativa de extorquir os parentes.
A tia de Vanderson, por sua vez, confirmou que os dois relataram que moravam em Lauro de Freitas exatamente por tentar se livrar, mas acabaram sendo desmentidos ao terem os celulares desbloqueados.
Por meio de nota, a Polícia Militar confirmou que foi acionada para averiguar disparos de arma de fogo na região conhecida como Beira-lLixo, no bairro de Castelo Branco. Ao chegarem na região, os policiais encontraram os jovens.
O comandante da 47ª Companhia Independente (CIPM/Pau da Lima), tenente-coronel José Melquiades, confirmou, à TV Aratu, que um dos mortos não tem nenhuma passagem pela Polícia Civil. Sem citar nomes de Andeilson ou Vanderson, o oficial disse que não tinha informações sobre suposto passado criminoso da segunda vítima.
Com informações do Aratu On
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