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Polícia já tem indicações sobre a autoria nas mortes de tio e sobrinho por furto de carne em supermercado de Salvador

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As investidas policiais na localidade da Polemica, no bairro de Brotas, em Salvador, foram intensificadas nesta terça-feira (4/5) para aprofundar as investigações do duplo homicídio de Bruno Barros da Silva e Yan Barros da Silva. A Polícia Civil da Bahia, por meio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) já tem o indicativo de autoria e avança cada vez mais nas apurações.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), novas imagens do circuito de câmeras de vigilância de um supermercado, no bairro da Amaralina, já estão sendo analisadas pela Coordenação de Perícia em Audiovisuais do Departamento de Polícia Técnica (DPT). O material se juntará aos laudos cadavéricos e periciais do local do fato para complementar as investigações.

A delegada-geral Heloísa Campos de Brito, acompanha as investigações e pontua a devida aplicação da legislação penal. “Cada desdobramento do DHPP sobre este caso é acompanhado por mim. Todos os envolvidos com este crime serão responsabilizados, sejam eles quem forem, no rigor da Lei”, afirmou.

De acordo com a diretora do DHPP, delegada Andrea Ribeiro, mais de 10 pessoas já foram ouvidas. “Seguimos com desdobramentos das apurações, para a identificação e localização dos autores”, afirmou. Outras providências não podem ser reveladas para não atrapalhar as investigações.

CRIME BÁRBARO

Bruno Barros da Silva e o sobrinho dele, Yan Barros da Silva, foram encontrados mortos com marcas de tiros e sinais de tortura no porta-malas de um carro no bairro de Brotas no dia 26 de abril. O crime ocorreu pouco depois deles furtarem pacotes de carne em um supermercado no bairro de Amaralina. Fotos de Bruno e Yan rendidos após o furto circularam em aplicativos de mensagens e redes sociais. A imagem mostra os dois sentados no chão de um pátio do supermercado ao lado de quatro pacotes de carne.

Para o secretário de Segurança Pública, Ricardo Mandarino, casos como este são reflexo de uma concepção errônea sobre justiça que tomou conta de parte da sociedade. Trata-se de um delito resultado desse conceito vil, tosco, desumano, deturpado de que ‘bandido bom é bandido morto’. Há, nessa ação abjeta, um componente forte de racismo estrutural e ódio aos pobres. Na cabeça dessa gente torpe todo pobre e preto é bandido. É uma gente perversa, desprovida de qualquer sentimento de empatia e que demonstra claramente que o trabalho da Polícia não satisfaz, porque a polícia não mata, não pode e não deve matar. A polícia prende em flagrante, ou com ordem judicial, e entrega o infrator à justiça”, declarou.

“É assim que se procede em todas as sociedades civilizadas, em todos os países que têm uma constituição como a nossa, que somos obrigados a respeitar e a respeitamos, acima de tudo, porque esse é o nosso valor. Se alguém se valeu de milicianos, de integrantes do crime organizado para obter o resultado infame que obteve, é co-autor do delito. Uma vez identificado, será indiciado. Esteja a sociedade certa disso”, acrescentou o secretário.

Com informações do Aratu ON