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Operação contra fraudes fiscais cumpre mandados de prisão; três pessoas são presas em Camaçari

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Foto: Alberto Maraux

Na manhã desta quarta-feira (14), a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) cumpre oito mandados de prisão e outros 19 de busca e apreensão da Operação Hidra contra fraudes fiscais. De acordo com a SSP, a organização criminosa acumulou R$ 75 milhões em dívidas tributárias junto ao fisco baiano. Os mandados são cumpridos nas cidades de Salvador, Camaçari, Feira de Santana, São Gonçalo dos Campos e Itajaí (SC).

De acordo com informações da polícia, uma prisão ocorreu em Salvador, três em Camaçari, uma em Mata de São João, duas em Feira de Santana e a oitava prisão foi em Itajaí, em Santa Catarina. Dentre os envolvidos, sete são da mesma família. 

De acordo com a força-tarefa responsável pela operação, integrada pela Secretaria da Segurança Pública, pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) e pela Sefaz, a organização que atua no comércio atacadista de alimentos e pescados utilizava laranjas, simulações sucessivas nos contratos sociais, compras em nomes de terceiros e empresas “noteiras”, constituídas apenas para emitir notas fiscais frias, entre outras fraudes, para evasão de receita e sonegação fiscal.

As investigações começaram após a Sefaz-Ba receber denúncias quanto a essas práticas fraudulentas. Em dez anos, de acordo com a força-tarefa, o grupo constituiu mais de 15 empresas tendo à frente um empresário e seu sobrinho, que atuaram como sócios ocultos nos empreendimentos comerciais, utilizando familiares, empregados e terceiros para expandir os negócios. 

Essas empresas passaram por fiscalizações que resultaram na lavratura de autos de infração em razão de prática de sonegação fiscal. Na medida em que as empresas devedoras tiveram suas atividades paralisadas, surgiram outras que deram continuidade aos negócios, com as mesmas práticas delituosas.

Ainda de acordo com a força-tarefa, também foi possível constatar que, com o produto da sonegação fiscal, o grupo adquiriu automóveis de luxo, imóveis, lanchas e motos aquáticas. Todos os bens identificados até o momento foram objeto de sequestro já determinado pela Justiça a pedido da força-tarefa e servirão ao ressarcimento aos cofres públicos.

Equipes do Departamento de Polícia do Interior (Depin) e da Coordenação de Operações Especiais (COE) deram apoio nos cumprimentos dos mandados.