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Navio grego é o principal suspeito por vazamento de óleo no Nordeste

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Investigações apontam que vazamento ocorreu no final de julho. Foto: Carlos Ezequiel Vannoni/Agência Pixel Press/Folhapress

A Polícia Federal (PF) afirmou nesta sexta-feira (01) que um navio de bandeira grega é o principal suspeito pelo derramamento de óleo no mar que provocou a contaminação de mais de 250 praias no Nordeste.

Segundo a investigação, a embarcação atracou na Venezuela em 15 de julho e o derramamento teria ocorrido a 700 quilômetros da costa brasileira entre os dias 28 e 29 de julho. Uma operação foi deflagrada nesta sexta-feira pela PF em conjunto com a Interpol.

Segundo a PF, estão sendo cumpridos dois mandados de busca nesta sexta-feira no Rio em sedes de representantes e contatos da empresa grega responsável pelo navio. Os mandados foram expedidos pela 14ª Vara Federal Criminal de Natal/RN, em sedes de representantes e contatos da empresa grega no Brasil.

Por volta das 9h15, o presidente Jair Bolsonaro contou a jornalistas que conversou rapidamente, pelo WhatApp, com o ministro Sergio Moro, quando foi informado sobre a busca e apreensão.

— Parece que tem uma suspeita muito grande de uma empresa, suspeita, não é decidido ainda. E ele tinha que fazer para, quem sabe, ter a comprovação disso. E está sendo feito. E não pode fazer uma busca e apreensão sem ninguém saber — declarou.

As investigações foram realizadas de forma integrada com Marinha, Ministério Público Federal, Ibama e as universidades Federal da Bahia (UFBA), de Brasília (UnB) e Universidade Estadual do Ceará (UEC). Também houve apoio de uma empresa privada do ramo de geointeligência.

De acordo com as investigações, após atracar na Venezuela, onde ficou por três dias, o navio seguiu para Singapura, tendo aportado apenas na África do Sul. O derramamento teria acontecido durante esse translado.

Não há ainda informações sobre quem seria o responsável pelo petróleo abastecido na Venezuela. Foram solicitadas diligências adicionais à Interpol para buscar dados adicionais sobre a embarcação, tripulação e empresa responsável.

A investigação é pelo crime de poluição e por um artigo da legislação brasileira que pune o fato de não ter havido comunicações às autoridades sobre o incidente ocorrido em alto mar.

O óleo que contamina as praias nordestinas desde 30 de outubro deste ano já atingiu 286 localidades em 98 municípios nos nove estados do Nordeste.

Fonte: O Globo