Mulher esfaqueada no Hospital Martagão Gesteira recebe alta e confirma que ex a estuprou

Por G1

O açougueiro Rafael Santos, 28, ao ser apresentado pela polícia (Foto: Betto Jr. | CORREIO)

A dona de casa Alana de Oliveira, 24 anos, que foi atingida por pelo menos 17 facadas desferidas pelo ex-companheiro dentro do Hospital Martagão Gesteira, na última segunda-feira (19), recebeu alta médica na manhã desta quarta (21). Ela estava internada desde o dia do ataque no Hospital Geral do Estado (HGE).

Ainda com ferimentos, Alana foi para a casa de parentes. Ela foi vítima da ira do ex-companheiro, o açougueiro Rafael Soares, 28, enquanto acompanhava a filha, de 11 meses, no hospital infantil que fica no Tororó. Ela confirmou a denúncia de que semanas antes do ataque foi vítima de estupro, também praticado pelo ex, que está preso.

A vítima prestou depoimento na Delegacia da Mulher (Deam), em Brotas. De acordo com a coordenadora do Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos (CAODH), do Ministério Público (MP-BA), Márcia Teixeira, ela contou à delegada responsável pelo caso, Heleneci Souza Nascimento, que foi vítimas de outras situações de violência. O estupro, por exemplo, ocorreu durante o período do Carnaval, no mês passado.

A polícia já solicitou medidas protetivas para Alana. O CORREIO não conseguiu confirmar se Rafael, que está preso pela tentativa de feminicídio, vai ser indiciado também pelo crime de estupro.

Relembre o caso

Rafael Soares esfaqueou a ex-mulher, a dona de casa Alana de Oliveira, pelo menos 17 vezes dentro do Martagão Gesteira. No momento das agressões, a mulher estava tomando conta de uma das filhas do casal que encontra-se internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Ao ser apresentado pela polícia à imprensa, ele chegou a dizer que não se arrependia de ter cometido às agressões, e reforçou o desejo de assassiná-la.

Rafael disse que a mulher teve “sorte de não ter morrido” depois do ataque.

De acordo com a delegada Aída Burgos, a arma utilizada no ataque era da mãe do açougueiro. “Ele pegou a faca sem permissão da mãe e colocou na mochila. A mãe não sabia”, contou.

Ainda conforme Aída, no momento do crime, Rafael teria esperado uma das enfermeiras do Martagão sair da UTI para começar os ataques.

Ainda conforme a chefe das investigações, Rafael disse que agiu por causa de ciúmes. Durante depoimento, contou que estava sendo traído pela companheira. Quando questionado pela reportagem sobre a possível traição, ele falou que não ia comentar o assunto. No entanto, o casal, que ficou junto por 9 anos, e morava em Campinas de Pirajá, já não estava junto. Ele não aceitava o fim da relação.

Rafael e Alana tinham mais dois filhos. Sobre as crianças, ele chegou a dizer que não precisa se preocupar com os cuidados com elas. Uma prima de Alana está cuidando da bebê internada no Martagão. As outras crianças estão com a família da mãe da vítima.

Botão Voltar ao topo