MP-BA notifica Google e Whatsapp para remoção de conteúdos sobre Boneca Momo
Órgão instaurou procedimento para apurar conteúdos direcionados a crianças e adolescentes
O Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) notificou o Google e o WhatsApp para remover conteúdos relacionados à Boneca Momo. A informação foi divulgada pelo órgão na tarde deste sábado (16).
As notificações foram encaminhadas por meio do Núcleo de Combate a Crimes Cibernéticos (Nucciber), que instaurou procedimento para apurar os fatos relacionados a vídeos possivelmente disponibilizados em plataformas de vídeos e compartilhados em redes sociais com conteúdo direcionado a crianças e uso do personagem.
As sedes das empresas no Brasil foram o alvo das notificações.
Entenda o caso
Em agosto, escolas de Salvador estavam emitindo alertas para os pais dos estudantes sobre o jogo da Boneca Momo. A personagem tem até número telefônico, que varia de acordo com o país. A lenda passou a amedrontar crianças reais e, na época, foi atribuída como a suposta causa da morte de um menino de 9 anos em Recife (PE).
Duas mortes de adolescentes na Colômbia também estariam relacionados ao jogo. Em julho, uma menina de 12 anos e um menino de 16 cometeram suicídio no município colombiano de Barbosa.
Não se sabe, ao certo, como a Momo surgiu, nem qual é o seu alcance. A imagem da boneca foi copiada de uma conta no Instagram – é a foto de uma escultura de uma ‘mulher-pássaro’ exibida em uma exposição no museu Vanilla Gallery, no Japão, em 2016. A chamada ‘Guai Bird’ é uma obra da artista Keisuke Aisawa e retrata o fantasma de uma mulher que morreu na gravidez.
A suspeita de que a Momo estivesse relacionada a desafios de asfixia surgiu após a morte de um menino de 9 anos em Recife, no último dia 16. Ele se enforcou no quintal de casa. À polícia pernambucana, a mãe da criança disse que o menino tinha um celular e usava a internet e teria mostrado para ela a boneca Momo.
De acordo com a Safernet, através de um suposto desafio, criminosos usavam a Momo para cometer golpes, roubo de dados ou ameaças mais graves como a extorsão.
Por Correio da Bahia