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Mostra Ecofalante de Cinema chega a Camaçari e Dias D’Ávila

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Em abril e maio, as cidades de Camaçari e Dias D’Ávila receberão sessões da Mostra Ecofalante de Cinema, considerada como um dos maiores festivais do Brasil e o mais importante evento audiovisual sul-americano dedicado a temas socioambientais.

Totalmente gratuito, o evento exibirá 14 filmes em diversos espaços culturais e educacionais das cidades, incluindo obras premiadas em festivais nacionais e internacionais.

Em Camaçari, o evento acontece entre os dias 24 e 29 de abril, com sessões no Teatro Alberto Martins, no Teatro Cidade do Saber, no Teatro da Pracinha da Cultura, no Centro Universitário UniFamec e nos campi de Camaçari do Instituto Federal da Bahia (IFBA) e da Universidade do Estado da Bahia (UNEB). As exibições terão participação das escolas da rede pública municipal, com alunos do ensino fundamental II nas manhãs e tardes e da Educação de Jovens e Adultos (EJA) na parte da noite. A previsão é de que o evento atinja mais de 4000 alunos. Também participam do evento estudantes da UNEB, do IFBA, da UniFamec e da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Em Dias D’Ávila, a Mostra será realizada entre 24 de abril a 05 de maio, na Praça do CEU – Varginha. As sessões terão participação de alunos do ensino fundamental I e II das escolas da rede pública municipal, com estimativa da presença de mais de 1200 alunos.

As atividades fazem parte da Mostra Ecofalante de Cinema – Bahia 2023, que tem início em Salvador entre os dias 12 e 23 de abril no Cine Metha – Glauber Rocha, na Sala Walter da Silveira e em mais 15 espaços culturais e educacionais da cidade. O evento também chega no Recôncavo da Bahia no segundo semestre, com sessões em Cachoeira (31 de julho a 9 de agosto) e Cruz das Almas (31 de julho a 10 de agosto).

Destaques da programação

Uma das grandes atrações do evento é “Amazônia, A Nova Minamata?”, o mais recente filme do consagrado diretor Jorge Bodanzky, que acompanha a saga do povo Munduruku para conter o impacto destrutivo do garimpo de ouro em seu território ancestral.

Entre os títulos programados também estão filmes vencedores da edição de 2022 da Mostra Ecofalante de Cinema. É o caso do pernambucano “O Bem Virá”, de Uilma Queiroz, eleito o melhor longa-metragem da competição latino-americana do evento, sobre a luta de mulheres pela sobrevivência no Sertão do Pajeú. O melhor curta-metragem da mesma competição foi o paraense “Mensageiras da Amazônia: Jovens Munduruku Usam Drone e Celular para Resistir às Invasões”, de Joana Moncau, Elpida Nikou e Coletivo Audiovisual Munduruku Daje Kapap Eypi, que registra ações para proteger a Amazônia e defender o território de invasores, sobretudo de madeireiros e garimpeiros. Já o mineiro “Lavra”, de Lucas Bambozzi, que conquistou o prêmio do público, investiga as consequências do maior crime ambiental do Brasil.

Ainda entre os destaques da Mostra Ecofalante 2022 está “Rolê – Histórias dos Rolezinhos”, de Vladimir Seixas, que retrata o movimento de ocupações nos shoppings que escancarou as barreiras impostas pela discriminação racial e exclusão social. O filme, que recebeu uma menção honrosa do júri oficial do evento, acompanha a vida e as lembranças de três personagens negras que participaram destas ocupações e enfrentaram situações traumáticas de racismo. Da diretora Susanna Lira, a Mostra apresenta “A Mãe de Todas as Lutas”, sobre a trajetória de Shirley Krenak e Maria Zelzuita, mulheres que estão à frente da luta pela terra no Brasil.

A programação inclui ainda “Ladrões do Tempo”, uma coprodução Espanha/França dirigida por Cosima Dannoritzer que investiga como o tempo se tornou um recurso cobiçado; “BR Acima de Tudo”, de Fred Rahal Mauro, que trata dos impactos da possível expansão da rodovia BR-163, cujo traçado corta a floresta amazônica em direção à fronteira com o Suriname; “Descarte”, de Leonardo Brant, um documentário sobre o drama social do lixo apresentado a partir de histórias inspiradoras de artistas, designers, artesãos e ativistas que transformam materiais recicláveis com inovação e sensibilidade; “Patxohã – Língua de Guerreiros”, de Claudiney Ferreira, que retrata o povo Pataxó, localizado no litoral do sul da Bahia e no norte de Minas Gerais, no processo de retomada de sua língua; e o alemão “Auto-Fitness”, de Alejandra Tomei & Alberto Couceiro, um filme sobre a opressiva loucura cotidiana e o automatismo em que somos forçados a viver, trabalhar, respirar, pensar e existir.

Para o público infantil, a Mostra exibe três animações. O brasileiro “Perlimps”, dirigido por Alê Abreu, conta a história de aventura e fantasia de Claé e Bruô, agentes secretos de reinos rivais que precisam unir forças e superar suas diferenças. Programada com apoio da Embaixada da França no Brasil, a animação “A Viagem do Príncipe”, dirigida por Jean-François Laguionie e Xavier Picard, mostra as aventuras e os preconceitos enfrentados por um príncipe numa terra estrangeira, de cultura e hábitos diferentes e que se construiu em oposição à natureza. Já “Zarafa”, de Rémi Bezançon e Jean-Christophe Lie, traz a história da amizade entre Maki, de apenas 10 anos, e Zarafa, uma girafa órfã.

A Mostra Ecofalante de Cinema – Bahia 2023 é viabilizada por meio da Lei de Incentivo à Cultura. Nas cidades de Camaçari e Dias D’Ávila, o evento tem patrocínio da BASF e apoio da Valgroup e da Drogasil. Tem apoio institucional da Secretaria de Cultura da Prefeitura de Camaçari e da Secretaria Municipal de Educação da Prefeitura de Dias D’Ávila, do Governo do Estado da Bahia – por meio da Diretoria de Audiovisual (Dimas), da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), da Fundação Pedro Calmon (FPC) e das Secretarias de Cultura, Meio Ambiente e Educação -, Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Embaixada da França e Programa Ecofalante Universidades. A produção é da Doc & Outras Coisas e a coprodução é da Química Cultural. A realização é da Ecofalante e do Ministério da Cultura.

Serviço
Mostra Ecofalante de Cinema – Bahia 2023
Camaçari – 24 a 29 de abril
Dias D’Ávila – 24 de abril a 05 de maio
www.ecofalante.org.br
programação gratuita

*** PROGRAMAÇÃO ***

CAMAÇARI

24/04, segunda-feira

*Teatro Alberto Martins

09h00 – “Zarafa” (78 min) – Rémi Bezançon e Jean-Christophe Lie

14h00 – “Zarafa” (78 min) – Rémi Bezançon e Jean-Christophe Lie

19h00 – “Amazônia, a Nova Minamata?” (76 min) – Jorge Bodanzky

*UNEB Camaçari

12h00 – “Auto-Fitness” (21 min) – Alejandra Tomei e Alberto Couceiro

*IFBA Camaçari

13h15 – “Ladrões do Tempo” (52 min) – Cosima Dannoritzer

25/04, terça-feira

*Teatro Alberto Martins

09h00 – “Zarafa” (78 min) – Rémi Bezançon e Jean-Christophe Lie

14h00 – “Zarafa” (78 min) – Rémi Bezançon e Jean-Christophe Lie

19h00 – “Lavra” (101 min) – Lucas Bambozzi

*IFBA Camaçari

13h15 – “Ladrões do Tempo” (52 min) – Cosima Dannoritzer

26/04, quarta-feira

*Teatro Cidade do Saber

09h00 – “Zarafa” (78 min) – Rémi Bezançon e Jean-Christophe Lie

14h00 – “Zarafa” (78 min) – Rémi Bezançon e Jean-Christophe Lie

19h00 – “BR Acima de Tudo” (55 min) – Fred Rahal Mauro

*UNEB Camaçari

12h00 – “Auto-Fitness” (21 min) – Alejandra Tomei e Alberto Couceiro

*IFBA Camaçari – Sessão para alunos da rede municipal

10h00 – “Zarafa” (78 min) – Rémi Bezançon e Jean-Christophe Lie

14h00 – “Zarafa” (78 min) – Rémi Bezançon e Jean-Christophe Lie

27/04, quinta-feira

*Teatro Cidade do Saber

09h00 – “Zarafa” (78 min) – Rémi Bezançon e Jean-Christophe Lie

13h30 – “Descarte” (52 min) – Leonardo Brant *sessão seguida de debate

19h00 – “Mensageiras da Amazônia” (17 min) – Joana Moncau, Elpida Nikou e Coletivo Munduruku Daje Kapap Eypi

“A Mãe de Todas as Lutas” (84 min) – Susanna Lira

*IFBA Camaçari

13h00 – “Patxohã – Língua de Guerreiros” (52 min) – Claudiney Ferreira

28/04, sexta-feira

*Teatro da Pracinha da Cultura

09h00 – “Zarafa” (78 min) – Rémi Bezançon e Jean-Christophe Lie

14h00 – “Zarafa” (78 min) – Rémi Bezançon e Jean-Christophe Lie

29/04, sábado

*Teatro da Pracinha da Cultura

10h00 – “Zarafa” (78 min) – Rémi Bezançon e Jean-Christophe Lie

15h00 – “Perlimps” (80 min) – Alê Abreu

DIAS D’ÁVILA

24/04, segunda-feira

*Praça do CEU – Varginha

09h00 – “Zarafa” (78 min) – Rémi Bezançon e Jean-Christophe Lie

14h00 – “A Viagem do Príncipe” (77 min) – Jean-François Laguionie e Xavier Picard

25/04, terça-feira

*Praça do CEU – Varginha

09h00 – “Zarafa” (78 min) – Rémi Bezançon e Jean-Christophe Lie

14h00 – “Zarafa” (78 min) – Rémi Bezançon e Jean-Christophe Lie

26/04, quarta-feira

*Praça do CEU – Varginha

09h00 – “Zarafa” (78 min) – Rémi Bezançon e Jean-Christophe Lie

14h00 – “A Viagem do Príncipe” (77 min) – Jean-François Laguionie e Xavier Picard

27/04, quinta-feira

*Praça do CEU – Varginha

09h00 – “A Viagem do Príncipe” (77 min) – Jean-François Laguionie e Xavier Picard

14h00 – “A Viagem do Príncipe” (77 min) – Jean-François Laguionie e Xavier Picard

28/04, sexta-feira

*Praça do CEU – Varginha

09h00 – “A Viagem do Príncipe” (77 min) – Jean-François Laguionie e Xavier Picard

14h00 – “Zarafa” (78 min) – Rémi Bezançon e Jean-Christophe Lie

29/04, sábado

*Praça do CEU – Varginha

10h00 – “Rolê – Histórias dos Rolezinhos” (82 min) – Vladimir Seixas

02/05, terça-feira

*Praça do CEU – Varginha

09h00 – “Zarafa” (78 min) – Rémi Bezançon e Jean-Christophe Lie

14h00 – “Zarafa” (78 min) – Rémi Bezançon e Jean-Christophe Lie

03/05, quarta-feira

*Praça do CEU – Varginha

09h00 – “Zarafa” (78 min) – Rémi Bezançon e Jean-Christophe Lie

14h00 – “Zarafa” (78 min) – Rémi Bezançon e Jean-Christophe Lie

04/05, quinta-feira

*Praça do CEU – Varginha

09h00 – “A Viagem do Príncipe” (77 min) – Jean-François Laguionie e Xavier Picard

14h00 – “A Viagem do Príncipe” (77 min) – Jean-François Laguionie e Xavier Picard

05/05, sexta-feira

*Praça do CEU – Varginha

09h00 – “A Viagem do Príncipe” (77 min) – Jean-François Laguionie e Xavier Picard

14h00 – “Zarafa” (78 min) – Rémi Bezançon e Jean-Christophe Lie

*** SINOPSES ***

* “A Mãe de Todas as Lutas” (Brasil, 2021, 84 min) – Susanna Lira

A trajetória de Shirley Krenak e Maria Zelzuita, mulheres que estão à frente da luta pela terra no Brasil. Shirley traz a missão de honrar as mulheres e a sabedoria das Guerreiras Krenak, da região de Minas Gerais. Maria Zelzuita é uma das sobreviventes do Massacre de Eldorado dos Carajás (1996), no Pará. As trajetórias destas duas mulheres nos ligam ao conceito da violência e apropriação do corpo feminino.

Exibido no Festival de Cinema Brasileiro de Paris, Fest Aruanda – Festival Aruanda do Audiovisual Brasileiro e FICASC – Festival de Cinema Ambiental da Serra Catarinense.

* “A Viagem do Príncipe” (França, 2019, 76 min) – Jean-François Laguionie e Xavier Picard

Um príncipe estrangeiro é encontrado desacordado na costa de um país longínquo e de hábitos culturais diferentes. Considerando-o estranho e primitivo, dois cientistas resolvem estudá-lo. Para isso, prendem o príncipe no museu onde trabalham, lugar onde toda sorte de animais e plantas são objetificados para fins de pesquisa. Nesse local, o príncipe fará amizade com o jovem Tom, que irá apresentá-lo a esse novo país, um mundo construído em detrimento da floresta e da natureza, cujos habitantes se creem únicos e são dominados por diversos tipos de medos.

Vencedor do prêmio do júri ecumênico no Festival Infanto-juvenil Schlingel (Alemanha); exibido no Festival de Roterdã.

* “Amazônia, A Nova Minamata?” (Brasil, 2022, 76 min) – Jorge Bodanzky

Este documentário acompanha a saga do povo Munduruku para conter o impacto destrutivo do garimpo de ouro em seu território ancestral, enquanto revela como a doença de Minamata, decorrente da contaminação por mercúrio, ameaça os habitantes de toda a Amazônia hoje.

Exibido na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, Festival do Cinema Brasileiro de Paris e na Mostra de Tiradentes.

* “Auto-Fitness” (Alemanha, 2015, 21 min) – Alejandra Tomei e Alberto Couceiro

Ser ou não… ter tempo de ser? O filme é uma poesia labiríntica sobre o automatismo humano. Uma reflexão sobre nossa relação diária com o dinheiro e com o tempo, uma animação tragicômica que brinca com o conceito da constante e penetrante aceleração. Um filme sobre a opressiva loucura cotidiana e o automatismo em que somos forçados a viver, trabalhar, respirar, pensar e: existir. Uma paródia da já antiga “vida moderna”.

Vencedor do prêmio de melhor curta-metragem internacional no Festcurtas BH. Selecionado para o Festival de Berlim (Alemanha), Dok Leipzig (Alemanha) e Festival de Havana (Cuba).

* “BR Acima de Tudo” (Brasil, 2021, 55 min) – Fred Rahal Mauro

No Norte do estado do Pará fica o maior bloco de florestas protegidas do mundo; uma área de floresta amazônica do tamanho do Reino Unido e que abriga uma infinidade de histórias. Indígenas, pecuaristas, posseiros, quilombolas, empresários e políticos refletem à sua própria maneira os impactos da possível expansão da BR-163 floresta adentro, até a fronteira com o Suriname. O projeto da rodovia foi gestado na época da ditadura militar, e até hoje paira como uma sombra sobre a região. Mas este não é um filme sobre uma estrada. É um filme sobre os abismos que separam aqueles que compartilham de uma mesma terra.

* “Descarte” (Brasil, 2021, 52 min) – Leonardo Brant

Descarte é um documentário sobre o drama social do lixo, apresentado a partir de histórias inspiradoras de artistas, designers, artesãos e ativistas que transformam materiais recicláveis com inovação e sensibilidade. Histórias inspiradoras e educativas sobre como podemos dar novos destinos a tudo o que consumimos.

Vencedor do prêmio de melhor documentário no Forum Film Festival de Barcelona (Espanha).

* “Ladrões do Tempo” (Espanha/França, 2018, 52 min) – Cosima Dannoritzer

Deixe a água, o petróleo e os metais raros de lado por um momento. Há um novo recurso cobiçado por todos: o (nosso) tempo. De nos deixar imprimir o próprio cartão de embarque e despachar a bagagem até lucrar com nossas visualizações de páginas e cliques, este filme revela como companhias e redes sociais monetizam o nosso tempo sem o nosso conhecimento, fazendo dele o seu modelo de negócio, destruindo milhões de empregos e controlando nosso comportamento.

Vencedor do prêmio Pro-Docs no festival DocsBarcelona (Espanha).

* “Lavra” (Brasil, 2021, 101 min) – Lucas Bambozzi

Camila, geógrafa, retorna à sua terra natal depois de o rio de sua cidade ser contaminado pelo maior crime ambiental do Brasil, provocado por uma mineradora transnacional. Camila segue o caminho da lama que atingiu o rio, varreu povoados, tirou vidas e deixou um rastro de morte e destruição, e começa a repensar seu estilo de vida. Decide fazer um mapeamento dos impactos da mineração em Minas Gerais e se envolve com ativistas e movimentos de resistência, saindo do individualismo para a coletividade. Lavra é um road-movie sobre perder um mundo e tentar recuperá-lo, sobre pertencimento e identidade, na guerra em curso entre capitalismo e a natureza.

Vencedor do prêmio do público para melhor longa-metragem da competição latino-americana da Mostra Ecofalante de Cinema, melhor fotografia e menção honrosa do júri no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro; exibido no IDFA-Amsterdã e na Mostra de Tiradentes.

* “Mensageiras da Amazônia: Jovens Munduruku Usam Drone e Celular para Resistir às Invasões” (Brasil, 2022, 17 min) – Joana Moncau, Elpida Nikou e Coletivo Audiovisual Munduruku Daje Kapap Eypi

Na Terra Indígena Sawré Muybu, no sudoeste do Pará, três mulheres munduruku integram o Coletivo Audiovisual Munduruku Daje Kapap Eypi, que divulga as denúncias dos indígenas para além das margens do rio Tapajós. O filme acompanha essas jovens durante a produção de um documentário sobre as ações de seu povo para proteger a Amazônia e defender o território de invasores, sobretudo de madeireiros e garimpeiros. Expulsar os invasores sempre foi arriscado, mas em tempos de governo Bolsonaro é ainda mais.

Vencedor do prêmio de melhor curta-metragem da competição latino-americana da Mostra Ecofalante de Cinema.

* “O Bem Virá” (Brasil, 2021, 80 min) – Uilma Queiroz

Treze mulheres, 13 ventres, 13 esperanças, uma foto. E uma busca pelas mulheres que, em 1983, em uma seca no Sertão do Pajeú pernambucano, lutaram pelo direito à sobrevivência, num contexto em que ser mulher era se limitar à função de administrar a miséria.

Vencedor do prêmio de melhor filme da competição latino-americana da Mostra Ecofalante de Cinema; selecionado para o Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba e para o CachoeiraDoc – Festival de Documentários de Cachoeira (BA).

* “Patxohã – Língua de Guerreiros” (Brasil, 2017, 52 min) – Claudiney Ferreira

O povo Pataxó, localizado no litoral do sul da Bahia e no norte de Minas Gerais, está em processo de retomada de sua língua – o Patxohã. Essa história é contada no documentário Patxohã – Língua de Guerreiros, produzido por colaboradores do Itaú Cultural e gravado na Reserva da Jaqueira, em Coroa Vermelha, Porto Seguro (BA). A produção trata também do processo e do cotidiano do ensino praticado nas aldeias Pataxó da Bahia e de Minas Gerais e da importância da língua no fortalecimento da luta desse povo, que ainda vive conflitos com o governo e a população local.

* “Perlimps” (Brasil, 2022, 80 min) – Alê Abreu

A jornada de aventura e fantasia de Claé e Bruô, agente-secretos de reinos rivais. Eles precisam superar suas diferenças e unir forças para encontrar os Perlimps, criaturas misteriosas capazes de encontrar um caminho para a paz em tempos de guerra.

Exibido no Festival de Animação de Annecy, Mostra Internacional de São Paulo, Festival do Rio, Festival de Bucheon (Coreia do Sul), Festival de Ottawa, Festival de Cinema Infantil de Chicago, Ale Kino (Polonia), Animation is Film (Los Angeles).

* “Rolê – Histórias dos Rolezinhos” (Brasil, 2021, 82 min) – Vladimir Seixas

Os rolezinhos em shoppings no Brasil mobilizaram milhares de pessoas nos últimos anos. Essa forma inusitada de manifestação escancarou as barreiras impostas pela discriminação racial e exclusão social. Acompanhe neste documentário a vida e as lembranças de três personagens negras que enfrentaram situações traumáticas de racismo e participaram das ocupações em shoppings. Descubra os sonhos, a beleza, a poesia, a arte e a política de uma geração que encontrou novas maneiras de lidar com a violência vivida promovendo um intenso debate pelo país.

Vencedor do grande prêmio no Festival de Rhode Island (EUA); melhor documentário no Festival do Rio; prêmio especial do júri e prêmio do público no Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba; menção honrosa para longa-metragem da competição latino-americana na Mostra Ecofalante de Cinema.

* “Zarafa” (França, 2013, 78 min) – Rémi Bezançon e Jean-Christophe Lie

Sob um baobá, um velho conta às crianças a história da amizade entre Maki, de apenas 10 anos, e Zarafa, uma girafa órfã. O animal foi dado ao rei francês Charles X por Muhammad Ali, do Egito. Em meio a uma longa jornada que vai do Sudão até Paris, Maki e Zarafa vivem diversas aventuras.

Exibido no Festival de Berlim e no Festival de Animação de Annecy (França). Indicado como melhor animação ao Prêmio César (França).