Médica veterinária explica como a doença se desenvolve em pets e como evitar

O câncer em seres humanos costuma ser uma doença bastante agressiva, de tratamento delicado e demorado. Infelizmente, cachorros e gatos também podem ser acometidos por essa enfermidade e, no geral, ela afeta o animal da mesma forma que afeta as pessoas. Saber como o câncer em cães e gatos se desenvolve, como evitar e quais os principais sintomas é essencial para que o processo de tratamento seja mais fácil e menos doloroso para o pet.

A coordenadora do curso de Medicina Veterinária do UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Salvador, Alessandra Bispo, explica que as localizações de tumores em pets mais frequentes são de mamas, pele e linfonodos. “Assim como em humanos, o câncer em animais domésticos é resultado de muitos fatores, principalmente do aumento da expectativa de vida dos animais, mas também pode estar relacionado com a alimentação, ambiente, condições em que vivem e estado de saúde”, detalha.

Os sintomas apresentados podem variar e podem envolver vários sistemas do organismo animal. Os principais sinais que podem indicar a presença de um tumor em um cachorro ou gato, seja ele macho ou fêmea, são: fraqueza excessiva, apatia, feridas pelo corpo, dificuldade de se alimentar e a presença de nódulos. Destaca-se que nem sempre o animal vai apresentar esses sintomas, por isso, é sempre importante levar o seu ao médico veterinário para que ele seja avaliado e acompanhado com frequência.

Alessandra explica o que pode ser feito para evitar o surgimento da doença. “Deve-se evitar oferecer carnes processadas. É importante sempre levar o pet para fazer caminhadas sempre nos períodos mais frescos do dia ou até mesmo à noite. Ter um ambiente estimulante, cheios de distrações e brincadeiras de forma que ele possa brincar mesmo quando estiver sozinho”, destaca.

Apesar de não existir predisposição racial evidente, alguns estudos mostram que as raças de caça podem ter uma possível predisposição para câncer de mama. “Sabe-se apenas que os animais das raças boxer e beagle são referidos como aqueles que apresentam menor risco de desenvolverem tumores de mama. Por outro lado, alguns autores apontam que algumas raças possuem maior risco: como o poodle, cocker spaniel, pastor alemão, fox e boston terrier”, explica Alessandra.

“Sobre o tratamento, sabe-se que novos métodos de terapia vêm sendo desenvolvidos, somando-se aos tradicionais já existentes de cirurgia e quimioterapia com antineoplásicos. Destaco que a biópsia é de extrema importância, pois identifica o tipo de neoplasma, o que ajudará a definir a terapia mais eficaz”, conclui Alessandra.

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