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Kátia Vargas é absolvida por morte de irmãos Emanuel e Emanuelle

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Informação foi confirmada por representante da promotoria

Kátia Vargas saiu do Fórum Ruy Barbosa acompanhada da filha (Foto: Betto Jr./CORREIO)

A médica Kátia Vargas Leal Pereira foi absolvida nesta quarta-feira (6) da acusação de ter provocado a morte dos irmãos Emanuel e Emanuelle Gomes Dias, de 21 e 23 anos, após acidente de trânsito ocorrido no dia 11 de outubro de 2013, no bairro de Ondina, em Salvador. A informação foi confirmada pelo promotor Davi Gallo, após o término do júri, por volta das 19h. A sentença, no entanto, só foi lida às 19h40.

“Hoje eu sinto vergonha de ser baiano. Era um júri predisposto a absolver”, comentou Gallo, ao deixar o Salão do Júri.

Foram quatro votos a favor da absolvição e um pela condenação. Não foi necessário que os outros dois jurados votassem, já que os votos majoritários já estavam garantidos. Ainda cabe recurso no Tribunal de Justiça (TJ-BA).

“A médica Kátia Vargas Leal Pereira foi absolvida por maioria de votos na sessão do júri finalizada no início da noite desta quarta-feira (6) no Salão do Júri I do Fórum Ruy Barbosa. Antes da leitura da sentença, diante do tumulto formado no salão, a juíza Gelzi Maria Almeida Souza, que presidia o julgamento, determinou que o espaço fosse evacuado para preservar a segurança de todos os presentes. A sentença foi lida logo em seguida. O Tribunal do Júri considerou improcedente a denúncia oferecida pelo Ministério Público”, informou nota divulgada pela assessoria do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).

Segundo documento que informa sobre a sentença, ela foi proferida às 19h40, após os agradecimentos de praxe. Na decisão, a juíza Gelzi Souza também cita que os promotores Davi Gallo e Luciano Assis deixaram a sala secreta (onde os jurados votaram) e o plenário “sem assinar o termo de votação dos quesitos” e a ata, “numa atitude deselegante e desrespeitosa com o Tribunal do Júri”. Os jurados se reuniram desde terça-feira (5) no Fórum Ruy Barbosa, no bairro de Nazaré.

Confira a íntegra da sentença da juíza Gelzi Maria Almeida Souza que absolve Kátia Vargas, após decisão de jurados.

Defesa da ré
Os advogados de defesa da médica oftalmologista Kátia Vargas sustentaram que não havia provas suficientes para condená-la, especialmente pelo fato de não ter um vídeo que mostra o momento em que o carro da médica colide com a moto ocupada pelos irmãos.

“Cadê o vídeo que mostra o impacto? Cadê o vídeo que mostra que Kátia perseguiu a moto?”, questionou um dos advogados de defesa, neste segundo e último dia de júri popular.

No primeiro dia, nesta terça (5), cinco testemunhas de acusação, que estavam próximas do local do acidente, relataram o que ocorreu no dia. Parte deles relatou ter presenciado uma discussão entre o condutor da moto, Emanuel, e a médica, que negou qualquer tipo de situação que pudesse tê-la motivado a perseguir e atingir os ocupantes.

Apenas um vídeo mostra o carro e a motocicleta passando pela frente do hotel Bahia Othon Palace, mas, no entanto, não chega a mostra o contato entre os veículos. O veículo da médica também perdeu o controle e atingiu a grade do Ondina Apart Hotel, alguns metros adiante do poste onde a moto dos irmãos parou. Os dois morreram no local.