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Jumanji – Bem-Vindo A Selva | Crítica

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Reboot esquece filme original e mira na nova geração para renovar franquia

O primeiro Jumanji marcou a infância de uma geração. Sempre lembrado pelos efeitos especiais e pelos animais selvagens que o jogo maligno trazia para o mundo real, o longa trouxe uma mistura de comédia e suspense que define o tom de aventura dos anos 1990. Mais de 20 anos depois, a franquia renasce sem essa pegada, mais frenética, com poucos animais, estética de videogame e focada na comédia.

A combinação é liderada por Dwayne Johnson, que traz carisma para o grupo protagonista, que ainda conta com Karen Gillian, Jack Black e Kevin Hart. Na história, esse quarteto representa os avatares da nova versão digital de Jumanji, que virou um game ambientado numa selva cheia de perigos e ameaçada por um vilão vivido por Bobby Cannavale. Eles aparecem em cena após outras quatros pessoas, essas do mundo real, serem sugadas pelo jogo dentro de uma sala de detenção no mundo real.

A partir daí, cada estereótipo assume o seu oposto dentro do jogo. O nerd vira o fortão (The Rock), a patricinha vira o professor gordinho (Black), a menina reclusa vira a moça sexy (Gillian) e o jogador de futebol vira o baixinho pesquisador (Hart). O roteiro explora ao máximo a veia cômica de todos os atores, mas somente Hart e Black conseguem entregar de fato. Johnson mais uma vez esbanja carisma, mas escorrega na paródia do nerd que se torna forte da noite para o dia.

Enquanto foca na comédia, o novo Jumanji esquece um pouco da ação. Quando o faz, não consegue proporcionar cenas impactantes ou que fiquem com o espectador até o fim do filme. A ideia parece realmente não se ater às explosões, perseguições ou lutas – toda a parte de ação de Bem-Vindo à Selva fica em segundo plano. E se há algum fã do longa original que aprecia o suspense de Joe Johnston, esse sairá decepcionado. A proposta aqui é ser uma aventura leve, descompromissada e direcionada para a comédia. Uma versão light de uma filme que sequer é hardcore em termos de tom ou ritmo.

Jumanji é símbolo de infância para muitos e com o reboot deve continuar a ser, agora para uma nova geração. Do original se mantém somente o nome, o jogo e uma ou outra criatura. Infelizmente deixa-se de lado o tom mais sombrio e os toques inofensivos de medo que o jogo trazia para o cinema. Agora, ao invés de temer Jumanji, o público deve desejar virar um personagem do jogo, já que você se torna um grande herói, ganha superpoderes e enfrenta ameaças que pouco assustam o mais medroso dos guerreiros.