Jovens são retirados de trem e obrigados a fazer sexo oral
Um vídeo que circula na internet mostra dois jovens sendo obrigados a praticar sexo oral um no outro na estação de trem do Maracanã, na zona norte do Rio.
De acordo com a Folha, a denúncia foi formalizada por um parente de uma das vítimas na 3ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar, dois PMs e também seguranças da estação teriam retirado os jovens do trem e obrigado a dupla a praticar sexo oral.
Nas imagens gravadas no último domingo (7), é possível ver um dos homens ameaçando os rapazes com uma arma, debochando da situação e ordenando a prática do sexo oral. No vídeo, os supostos PMs questionam se os garotos vão continuar comprando maconha.
Na noite de quarta (10), a Polícia Militar informou que as vítimas identificaram por um álbum de fotografia dois policiais militares como autores das agressões. “A 3ª DPJM, que investiga o fato, já está tomando as devidas providências para solucionar o caso”, disse a PM em nota.
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), afirmou que, caso comprovada a participação de PMs no caso, eles serão julgados. “Não temos bandido de estimação. Se é policial civil, militar ou servidor público, e praticou crime será investigado e levado a julgamento. A Polícia Militar, através da sua corregedoria, está mostrando trabalho eficiente. Não temos bandido de estimação”, afirmou.
A SuperVia, concessionária responsável pelo transporte, considerou lastimável o fato registrado dentro do sistema ferroviário e, após trabalho de sua comissão de sindicância, informou que demitiu dois funcionários por envolvimento no caso.
“Após a finalização dos trabalhos, a concessionária vai registrar o caso em delegacia e apresentar à polícia as conclusões da sindicância interna. A empresa se mantém à disposição das autoridades para auxiliar nas investigações e atuará como assistente de acusação neste processo”, informou a SuperVia por meio de nota. “As medidas reforçam o posicionamento da SuperVia de não tolerar, em hipótese alguma, práticas como essa no sistema administrado pela concessionária, nem em seu quadro de colaboradores”.
“Além de ferir leis vigentes, o ato cometido contra os dois jovens é um desrespeito à dignidade humana e vai contra as premissas de ética e decoro da concessionária. Vale reforçar que todos os funcionários do setor de segurança da empresa são intensamente treinados para agir com idoneidade e respeito em qualquer uma das situações vivenciadas no sistema”, disse a empresa.
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