Jerônimo descumpre promessa de campanha e aumenta ICMS
O governador eleito, Jerônimo Rodrigues (PT), descumpriu promessa de campanha e vai começar sua gestão com aumento do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias (ICMS), cuja alíquota saiu de 18% para 19%. Com informações do Correio da Bahia
A elevação do tributo foi publicada pelo governo do estado nesta quinta-feira (22). Durante a campanha eleitoral, o petista prometeu não aumentar impostos. A medida foi critica pelo deputado federal Paulo Azi (União Brasil), que lamentou o aumento do tributo.
“Lamentável esse aumento feito pelo Governo da Bahia do ICMS, que chega a 19% para produtos e serviços, internos e externos ao estado. Num cenário em que a população já enfrenta dificuldades, mais ainda no nosso estado que é líder em desemprego um aumento de imposto significa mais custo para as pessoas”, escreveu o deputado, em sua conta no Twitter.
Azi pontuou ainda que a elevação do ICMS é prejudicial para todos os setores. “É ruim para os empresários, que ficam sufocados e são obrigados a repassar a elevação aos consumidores. Com isso, as pessoas terão que pagar mais caro por produtos e serviços. Medida lamentável que prejudica o desenvolvimento da Bahia. Mau sinal deste novo governo que está prestes a assumir”, disse.
Além do aumento do ICMS, Jerônimo, que está em transição junto ao governo de Rui Costa (PT), aumentou o custo da máquina estadual com crescimento no número de secretarias, cargos e do próprio salário. Com Jerônimo, a administração terá 25 secretarias – aumentou uma pasta em relação a Rui, que tinha 24.
A reforma administrativa enviada pelo governo durante a transição também prevê a criação de mais de 200 novos cargos. Na prática, a reforma de Jerônimo cria mais de mil cargos e extingue outros cerca de 800, resultando numa diferença de 200 novos postos para indicação de aliados.
Por fim, o ex-secretário da Educação terá um salário 50% maior do que a atual remuneração de Rui Costa. O salário do governador eleito será de R$ 35,4 mil a partir do próximo ano, contra cerca de R$ 23,5 mil da remuneração atual.