Início Futebol Instrutor da CBF e FBF é condenado a indenizar árbitra por assédio

Instrutor da CBF e FBF é condenado a indenizar árbitra por assédio

Grupo no telegram: t.me/seligacamacari | Site de vagas em Camaçari: ACESSE

Em outubro de 2018, o Galáticos Online denunciou um caso de assédio e perseguição envolvendo uma árbitra de futebol do quadro da FBF (Federação Bahiana de Futebol) e CBF (Confederação Brasileira de Futebol), que estaria sendo assediada por um instrutor de arbitragem da CBF (relembre aqui).

Na ocasião, Patrícia dos Reis confirmou ao Galáticos que sofreu diversos assédios do instrutor Belmiro da Silva. De acordo com a vítima, as perseguições começaram em 2012 e, ao longo dos anos, só pioraram. Patrícia relata que chegou a levar o caso para o chefe da comissão, Vidal Cordeiro, no entanto, não recebeu apoio e chegou a ser orientada a esquecer o assunto para não prejudicar sua carreira. A árbitra também revelou que teria tentado deixar o ex-presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, ciente da situação, mas não recebeu nenhum tipo de apoio.

“Tudo começou em 2012, mas de forma discreta, onde nem eu mesma me toquei do que estava acontecendo e se intensificaram no meado de 2012 para 2013, onde ele me fazia ligações quase todas as noites pedindo para ter reuniões privadas comigo, que me levaria em casa, na época em Madre de Deus, independe da hora, pois ele tinha coisas muito importantes para tratar sobre minha carreira profissional. Ao saber do que estava acontecendo, vi no presidente da comissão [Vidal Cordeiro] uma forma dele parar. No entanto, para minha surpresa, ele pediu para que meu noivo mandasse eu me acalmar e ficar quieta, pois isso era algo muito sério e era melhor deixar quieto. Ali eu vi que ele iria acabar com minha carreira, pois nem o presidente da comissão me apoiou. Tentei por várias vezes que tais fatos chegassem a Ednaldo, mas não tive apoio. Faltando menos de 15 dias para o Rap-Fifa, treinamento que fui selecionada pela CBF para fazer, graças aos meus desempenhos nos jogos e nos testes, me surpreendo com a minha exclusão, onde fiquei sabendo através do WhatsApp e por uma árbitra de outro estado que me perguntou o motivo da minha substituição”, disse ao Galáticos.

Após a denúncia feita e a repercussão do caso, a árbitra recebeu o apoio das advogadas Maria Alice Menezes e Taís Marcondes, da MSSO advogados, e resolveu entrar com uma ação na justiça contra Belmiro da Silva por danos morais. O instrutor da CBF foi condenado a pagar o equivalente a R$ 6 mil reais em razão de pleito de reparação civil por danos morais por conta do assédio com repercussão na esfera profissional da autora.

A reportagem do Galáticos Online também apurou que logo após o ocorrido, Belmiro da Silva deixou de ser escalado pela FBF. No entanto, até o fim da matéria não houve confirmação da entidade se ele continua na CEAF e na CBF.