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Idosos voltam ao mercado de trabalho para aumentar aposentadoria

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A necessidade está batendo na porta até daqueles que já trabalharam o suficiente para usufruir do dinheiro do INSS. Aposentada por tempo de contribuição desde 2007, Deise Leal da Silva ainda não conseguiu deixar o emprego para viver apenas do benefício da Previdência Social.

Com 56 anos, sendo 35 deles trabalhando, ela continua levantando cedo de segunda a sábado para as 7h já estar pronta para atender às ligações da central de atendimento do Planserv – plano de saúde dos servidores estaduais.

Apesar da rotina puxada, com horário cronometrado para tudo, ela não reclama: “Além da necessidade financeira, não aguento ficar parada. Meu marido diz que fui feita na rua”, brinca ela, que há mais de 8 anos, incluindo algumas idas e vindas, atua como operadora de telemarketing.

Além de complementar a aposentadoria, ela diz que continuar trabalhando tem outras vantagens como plano de saúde e tíquete-alimentação. “Quando a gente vai ficando velho, vai aparecendo muita coisa. Só nos resta trabalhar”, diz.

Apesar de ainda não fazer parte do grupo da terceira idade, histórias iguais a de Deise vêm se propagando na Bahia. Dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do IBGE, divulgada em 2013, revelaram que o número absoluto de pessoas com mais de 60 anos ocupadas vem crescendo no estado.

Em 2005, eram 462 mil idosos na ativa, enquanto, em 2013, o número foi de 553 mil — alta de quase 20%. Um dos fatores que leva a isso é que a participação dos idosos no todo da sociedade vem crescendo mais que a de crianças e adolescentes.

Para o coordenador de disseminação de informações do IBGE na Bahia, Joilson Rodrigues, isso é reflexo da tendência de maior esforço das pessoas quando a situação econômica está menos estável. “Quanto mais experiência laboral se tem, mais interessante para as empresas”, revela ele, ressaltando que, apesar do número absoluto ter crescido, a população de idosos que se mantém ativa no mercado de trabalho diminuiu de 35,19%, em 2015, para 29,3%, em 2013.

Fonte: Correio da Bahia