Humberto Gessinger enaltece música da Bahia: ‘tem grande importância na MPB’

Em conversa com o iBahia, cantor falou sobre inspirações, referências musicais, além da possibilidade do retorno da banda Engenheiros do Hawaii aos palcos

Cantor, compositor e multi-instrumentista, o gaúcho Humberto Gessinger faz apresentação única na capital baiana, no dia 29 de julho, na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, às 19h. O artista, que começou sua carreira como líder da banda Engenheiros do Hawaii, traz desta vez sua nova turnê ‘Ao Vivo Pra Caramba’ para Salvador.

Foto: Divulgação/ Daryan Dornelles

Em conversa com o iBahia, Humberto Gessinger falou um pouco sobre sua relação com a cidade, inspirações, referências musicais e sobre possível retorno da banda Engenheiros do Hawaii, que deu uma pausa no ano de 2008, aos palcos.
iBahia: O que esse novo projeto ‘Ao Vivo Pra Caramba’ tem mais de diferente dos outros projetos já lançados?
Humberto Gessinger: Pela primeira vez regravei um disco na íntegra, comemorando os 30 anos de gravação do ‘A Revolta dos Dândis’, segundo álbum dos Engenheiros do Hawaii. Mas o DVD também traz canções inéditas.

iB: Apesar de ser um show de lançamento de um novo projeto, o público baiano pode esperar as músicas mais clássicas da sua carreira no repertório?
HG: Sim, há vários clássicos. O repertório do show se espalha por todas as fases da minha carreira.

iB: Das outras vezes que você visitou Salvador, o que mais gostou na cidade?
HG: A importância da Bahia na música popular brasileira é enorme e a Concha do TCA é um espaço mágico. Tudo isso faz com que o show tenha uma vibe especial.

iB: Em entrevistas, você disse que muitas vezes mescla os arranjos das músicas. Podemos chamar isso de uma marca sua?
HG: Sim, acho que as músicas são organismos vivos que reagem ao tempo e espaço. Não faz sentido aprisioná-las em fórmulas rígidas.

iB: Quais são suas principais referências musicais?
HG: Uma mistura um tanto improvável de MPB com o rock progressivo inglês era a dieta musical enquanto eu me formava como ouvinte e músico, nos anos 70. A música gaúcha também é um ingrediente desta receita.

Foto: Divulgação/ Daryan Dornelles

iB: O que você procura transmitir com suas canções? De onde vem as suas inspirações?
HG: Música é um diálogo, não um monólogo. Na verdade são vários diálogos: com o público, comigo mesmo, com o passado, com o presente… O processo de criação, para mim, é bem misterioso e subjetivo, não e algo racional e premeditado. Acho melhor que seja assim. Gosto de ser surpreendido pelas músicas que escrevo.

iB: Em uma entrevista, você comentou que não deseja ensinar nada com suas músicas, mas sim compartilhar suas visões. Quais são as suas visões sobre suas músicas?
HG: Espero que elas falem por si. Tenho muito orgulho da minha trajetória, das coisas que escrevi, dos grupos que reuni pra fazer música… Mas assim como se conhece a árvore pelo fruto, sou muito grato ao publico que me acompanha, esta conexão é que dá sentido a tudo.

iB: Em suas redes sociais você compartilha algumas fotos da sua família. É difícil ficar longe delas durante o período de turnê?
HG: Não é fácil. Mas esta é a minha vida. Minha carreira e meu casamento começaram juntos. E seguem firmes e fortes. Vieram os discos, nasceu minha filha, vieram mais discos, minha filha construiu seu caminho mundo afora, Adriane sempre ao meu lado. É bom estar na estrada e é ótimo ter um porto seguro, um abrigo, para onde retornar.

iB: Você regravaria alguma música de algum artista baiano? Se sim, qual artista?
HG: Nossa! Este é um tesouro com o qual tem que se ter muito respeito. Tudo que se pode falar de bom sobre Caetano e Gil, por exemplo, é pouco. Eu me vejo mais como compositor do que intérprete, gravei muito poucas versões nestes 30 anos. Mas a presença da música baiana é muito forte pra todo mundo que faz música no Brasil.

iB: Engenheiros do Hawaii oficializou a interrupção da carreira em 2008. Há possibilidade de alguma turnê especial nos próximos anos?
HG: Não penso em voltar a usar o nome. Fico muito feliz e honrado pelo carinho que as pessoas tem pela banda. Mas ao mesmo tempo fico com a impressão de que quem se liga muito nos rótulos deixa de entender o essencial.

SERVIÇO
Humberto Gessinger
Quando: 29 de julho (domingo), 19h
Onde: Concha Acústica do Teatro Castro Alves

Quanto:
Arquibancada – 1º lote: R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia)
Arquibancada – 2º lote: R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia)
Camarote: R$ 160 (inteira) e R$ 80 (meia)
Classificação indicativa: 14 anos

VENDAS
Os ingressos para o espetáculo podem ser adquiridos na bilheteria do Teatro Castro Alves, nos SACs do Shopping Barra e do Shopping Bela Vista ou pelos canais da Ingresso Rápido.

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