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Homicídios dobram neste fim de semana após anúncio de greve por grupo da PM

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Em meio ao movimento de paralisação de um grupo de policiais militares ligados à Associação dos Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra), foram registrados 17 homicídios em Salvador e região metropolitana entre esse sábado (12) e as 20h deste domingo, de acordo com o boletim diário da Secretaria de Segurança Pública (SSP).

O número é mais que o dobro do que as mortes ocorridas no último fim de semana, dias 5 e 6, antes da deflagração da greve, quando foram oito casos. Os homicídios deste domingo ocorreram em Vera Cruz, Simões Filho, Alto do Peru e Lobato. Três deles são de vítimas do sexo masculino.

Para o líder da Aspra, o deputado estadual Marco Prisco (PSC), o aumento dos casos “não tem, necessariamente, a ver com o movimento de paralisação, principalmente pela Bahia já ser um estado violento” e isso não ser “um fato novo”, afirmou ele.

Depois de mais uma assembleia realizada no sábado, o grupo de PMs decidiu manter a paralisação, não reconhecida pela SSP-BA nem pelo Ministério Público.

Ainda segundo Prisco, o grupo está aberto a negociações. De acordo com a Associação, a assembleia realizada na noite da última sexta-feira reuniu três mil oficiais. Já a reunião de sábado, no mesmo horário, registrou a presença de cerca de quatro mil policiais. “A categoria continua ainda mais forte”, disse ele.

Mesmo com os números, foi possível notar, no fim de semana, a presença de viaturas e policiais militares nas ruas, como no Farol da Barra e Avenida Garibaldi, próximo ao monumento a Clériston Andrade.

Ainda não foram anunciados os próximos passos da Associação, mas são esperadas novas assembleias enquanto não houver um acordo com o governo.

Na última sexta-feira, ainda segundo a assessoria da Aspra, o secretário geral do Ministério Público Estadual, Paulo Gomez Junior, convidou advogados e um diretor da Associação para discutir a interlocução das demandas da categoria junto ao governo.

No total, 11 pontos integram a lista das reivindicações dos policiais militares, como a construção de um plano de carreira, de um código de ética, a reforma do estatuto da corporação e o reajuste do auxílio alimentação e do benefício da Condição Especial de Trabalho (CET).

O comandante geral da PM, Anselmo Brandão, já disse que analisou cada um dos pontos reivindicados pelos grevistas e que as pautas são extensas e não dependem apenas da Polícia Militar, como as mudanças no Planserv. Dependem também da arrecadação do estado.

Fonte: Informações do Jornal Correio*