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Gugu Liberato pode ser condenado em processo por morte de irmãs após 11 anos

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Por EXTRA

Gugu Liberato é réu em processo que já dura 11 anos e será julgado no fim de maio (Foto: Reprodução)

Quase 11 anos depois, pode estar próximo o fim do processo que Conceição Gonçalves Ferreira move contra a Promoart, pertencente a Gugu Liberato, o Condomínio Barra Beach, o engenheiro Ronald Stourdze D’angelo Visconti e a Sfera Engenharia. Em agosto de 2007, ela perdeu as duas filhas, Keilua Ferreira Baisotti, de 6 anos, e Kawai Ferreira Baisotti, de 12, vítimas de asfixia após inalação de gás durante o banho. Gugu era dono de duas coberturas no prédio, que fica na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, onde a obra foi feita. No 11º andar, logo abaixo dos imóveis do apresentador, o incidente aconteceu.

Na época, de acordo com laudos de peritos da UERJ, uma obra realizada em 2002 nos apartamentos teria alterado a chaminé coletiva do apart hotel, o que teria causado a morte das meninas. Morando na Itália há 20 anos, Conceição vem ao Brasil para a audiência de instrução e julgamento, que acontecerá no próximo dia 29. “Espero pelo fechamento de um ciclo. Há 11 anos, aguardo por Justiça. O caso das minhas filhas não pode ser encarado como mais uma estatística. Existem responsáveis pela morte deles, e eles têm responder por isso”, desabafa Conceição, que hoje vive em Milão.

Morte nas férias

Em 2007, as meninas estavam no Brasil passando férias. Filhas de Conceição com um italiano, Kawai e Keilua ficaram com a avó materna no Rio e com o padrasto, que morava abaixo da cobertura linear de Gugu Liberato. “Ele as levou à praia e depois subiram para o apartamento para que elas tomassem banho e comessem pizza. Só soube de tudo por telefone porque tive que voltar à Itália para um trabalho”, recorda a corretora de imóveis.

Nos últimos anos, Conceição diz que fez tudo para provar que a morte das filhas não foi um mero acidente: “O prazo para a ação criminal expirou, mas a cível continuou. Paguei mais de R$ 20 mil para a perícia emitir um laudo que comprova a culpa dos réus”, conta: “Nenhum dinheiro pagaria a vida das minhas meninas. Na época, a advogada de Gugu me ofereceu um acordo em torno de 200 e poucos mil reais. Nem sei de quanto é essa causa. Minhas filhas deveriam estar vivas. Mas parece que só mexendo no bolso das pessoas para elas entenderem o que é a dor de uma mãe”.

Em comunicado, a assessoria de Gugu Liberato afirma que:

“Em relação ao processo judicial referente ao acidente ocorrido em agosto de 2007 que resultou na morte de duas crianças no Condomínio Barra Beach, Rio de Janeiro, após consulta aos seus advogados Dr. Carlos Regina e Dr. Eduardo Tavares Paes, a PROMOART informa que o processo segue os trâmites do Judiciário e que a empresa sempre esteve totalmente a disposição da justiça para apurar e esclarecer as reais responsabilidades”.

“Para realizar a reforma do imóvel, a PROMOART contratou os serviços da empresa SFERA ENGENHARIA, a qual se responsabilizou pela integral execução das obras”

“Por consequência a SFERA ENGENHARIA e seu engenheiro responsável respondem a processo movido pela PROMOART”

“Até a presente data, nenhuma pericia realizada foi conclusiva quanto a real causa do acidente. O que se tem como certo é que o banheiro onde ocorreu o vazamento de gás não estava de acordo com as regras técnicas, gerando deficiência que pode ter contribuído para o evento infeliz. Aliás, o Condomínio Barra Beach tem um histórico de acidentes semelhantes, relacionados ao mesmo problema de escapamento de gás, todos anteriores às obras de reforma realizadas na cobertura”

“O caso segue ainda sub judice e também são réus o próprio Condomínio Barra Beach e o proprietário do apartamento onde as crianças estavam hospedadas. O apresentador AUGUSTO LIBERATO não aparece como réu do processo, não podendo assim se manifestar”.

Conceição e Keilua (Foto: arquivo pessoal)
Conceição e Kawai (Foto: arquivo pessoal)