Golpe do celular clonado já afetou cinco mil pessoas no Brasil
De acordo com dados da Polícia Civil, por meio de sua Célula de Inteligência Cibernética, cinco mil pessoas em todo o Brasil já foram vítimas de golpes envolvendo celulares clonados. São crimes que acontecem à distância, muitas vezes sem que o próprio usuário perceba, e podem dar acesso a tentativas de extorsão, dados e mensagens pessoais e tentativas de intrusão a contas bancárias e outros sistemas de pagamento. Com informações do CanalTech.
De acordo com dados da Affinion, que trabalha com engajamento de clientes, o Brasil é um dos países com maior taxa de preocupação contra golpes desse tipo, com 87% dos usuários de celular afirmando temerem serem vítimas. É um número maior, por exemplo, que o dos Estados Unidos, mas também acompanha uma noção de que muitos dos clientes mobile não sabem exatamente como detectar um golpe dessa categoria e como agir caso tenham sido vítimas.
A atenção, porém, é a maior recomendação para isso, e o olho vivo deve permanecer sobre o indicador de sinal, sempre no canto superior direito das telas dos celulares. Caso note que o aparelho permanece inativo, mesmo após ser reiniciado ou com o chip removido e colocado de novo, vale a pena uma ligação para a operadora para confirmar se tratar de um problema individual ou na rede.
Enquanto isso, o ideal é permanecer atento a mensagens estranhas relacionadas a login em serviços, acesso a contas ou transações bancárias. O principal motivo por trás da clonagem de chips, pelos hackers, é ultrapassar os sistemas de verificação em duas etapas, que usam mensagens de texto para validação. Caso note que isso está acontecendo, vá rapidamente a uma loja da sua operadora e peça o cancelamento da linha e o fornecimento de uma nova.
A próxima etapa é alterar senhas de perfis em redes sociais, meios de pagamento, bancos e demais serviços. Vale a pena entrar em contato com a instituição financeira, mesmo que nenhuma movimentação suspeita tenha ocorrido; caso contrário, isso é essencial, assim como o registro de um boletim de ocorrência junto à polícia, tanto como proteção pessoal em caso de fraudes quanto para comunicação do crime em si.
“Os usuários não confiam na sua capacidade de impedir os crimes cibernéticos ou detectar se correm algum risco, além de remediar as consequências caso sejam vítimas”, aponta Alexandre Primo, diretor da Affinion. Sendo assim, ele sugere a contratação de seguros ou sistema de monitoramento que façam esse tipo de trabalho, monitorando números, contas ou perfis e emitindo alertas caso algum tipo de comportamento suspeito ou risco seja detectado, além de fornecer suporte caso para solução de eventuais problemas.
Para Primo, os produtos desse tipo, com seguros para proteção de dados e até ressarcimento em caso de problemas, devem se tornar tão comuns quanto um seguro de carro na medida em que aumenta a conscientização da população quanto as ameaças digitais. O Brasil, como dito, parece estar em um bom caminho para isso, pelo menos se levarmos em conta o nível de preocupação.
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