Funcionários de empresa ligada a BYD tentam deixar hotel sem pagar; dívida ultrapassa 300 mil
Os funcionários de uma empresa que presta serviço para a montadora Build Your Dreams (BYD) foram impedidos de sair de um hotel, em Dias D’Ávila, por causa de um calote que ultrapassa os R$ 300 mil. De acordo com informações publicadas pelo Portal do Casé, eram aproximadamente 50 colaboradores da organização chinesa Jinjiang Construction Brazil Ltda, que tentaram deixar o estabelecimento, mas foram barrados por policiais da 36ª CIPM. Com informações do Bnews
O calote aconteceu no dia 14 de abril e o caso foi registrado na 25ª Delegacia Territorial do município. Algumas imagens mostram os hóspedes com as malas e os equipamentos de segurança do trabalho na porta do hotel, acompanhados pela Polícia Militar.
SAINDO “À CHINESA”
Todo o combinado começou no dia 6 de março com o proprietário do Hotel e Restaurante Canal de Suez, Newton Júnior. Assim, no contrato de hospedagem, os trabalhadores iriam ficar desde quarta-feira (06/03) com previsão de encerramento no dia 5 de junho deste ano. Porém, não aconteceu como estava previsto, o contrato foi quebrado, sem a empresa avisar ao hotel.
Para o Portal do Casé, o dono do hotel declarou:
“Ninguém me informou do intuito de quebrar o contrato. Eu estava em casa e vi pelas câmeras a movimentação dos chineses com todas as malas e equipamentos se organizando para irem embora sem me pagar. Chamei a polícia e eles foram barrados. Depois saíram dizendo que iam almoçar e retornariam. No entanto, abandonaram as malas e todo material de trabalho no hotel. Fugiram”.
PAGAMENTO EM OUTRA CONTA
A confusão aconteceu na hora do pagamento no valor de R$ 107 mil. A empresa chinesa que presta serviço para BYD efetuou a somatória das diárias na conta pessoal do dono do hotel. Mas, ele devolveu o valor e pediu que o dinheiro fosse depositado na conta jurídica, como estava na documentação.
“Eu não poderia receber esse valor na minha conta pessoal, porque se não, como seria na hora de declarar o imposto de renda? Devolvi a quantia, emiti a nota, como combinado, e solicitei o depósito na conta jurídica e isso nunca foi feito”. justificou o proprietário ao portal do casé.
O valor inicial já não é mais o mesmo, a dívida aumentou para R$ 310.083,34 pois com a quebra de contrato existe a inclusão das multas.
Além do calote, o hotel contou que os hóspedes deixaram os quartos em péssimas condições, devido ao acúmulo de comidas estragadas, bem como a roupa de cama totalmente suja e um prejuízo na conta de energia de mais de R$ 7 mil.
A empresa que representa juridicamente a Jinjiang informou que não está autorizada a falar em nome da Jinjiang.