Falso cônsul preso em operação da PF é antigo morador de Camaçari
Adailton Maturino, que se apresentava como cônsul da Guiné-Bissau, é na verdade um antigo morador de Camaçari. Maturino foi preso nesta terça-feira (19) na Operação Faroeste realizada pela Polícia Federal. Adailton é irmão do vereador Niltinho.
Segundo informações do site Camaçari Notícias, entre as várias acusações feitas contra Maturino no relatório do Ministério Público Federal, estão falsidade ideológica e até queima de arquivo. O documento afirma que ele se apresentava falsamente como representante da Guiné-Bissau no Brasil e também como juiz aposentado e mediador. O Ministério das Relações Exteriores informou que o Governo Brasileiro não designou Adailton e nem sua esposa, Geciane Maturino como agentes diplomáticos ou consulares da Guiné-Bissau no Brasil.
Ainda de acordo com o MPF, Maturino possui 13 CPFs em seu nome e já havia sido preso no Piauí, onde teria furtado um processo da Corregedoria do Tribunal de Justiça do estado. Ele ainda é suspeito de ter participado da morte de Genivaldo dos Santos Souza, que relatou ter ouvido o falso cônsul e outras três pessoas falando sobre o pagamento no valor de R$ 1.800 mil para a desembargadora e 2ª vice presidente do TJBA, Maria da Graça Osório, que foi afastada do cargo após a Operação Faroeste. Genivaldo foi assassinado em praça pública no ano de 2014, em Barreiras. O seu suposto executor, o guarda municipal Otieres Batista Alves também foi morto.
Segundo a investigação, Adailton Maturino vivia uma vida de luxo e ostentação. Entre os gastos, estão R$ 3 milhões investidos em um show para ser visto de uma lancha, show no Wet’n Wild com direito a distribuição de pulseiras com a inscrição ‘Camarote do Cônsul’, compras de R$ 600 mil em cartão de crédito em um mês, além da aquisição de casas, lancha, avião e outros bens.
Operação Faroeste
Deflagrada nesta terça-feira, a operação tem o objetivo de apurar um suposto esquema de venda de decisões no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). Quatro desembargadores e dois juízes foram afastados do TJ.
Segundo o Ministério Público Federal, a investigação identificou um esquema de corrupção envolvendo magistrados e servidores do TJ-BA, advogados e produtores rurais que atuavam na venda de decisões para legitimar terras no oeste baiano. As decisões obtidas ilicitamente teriam permitido grilagem de cerca de 360 mil hectares de terra, diz a Procuradoria.
Com informações do Camaçari notícias
Você precisa fazer login para comentar.