Esposa de matense desmente boatos sobre aparecimento de pai e filho
Os matenses desaparecidos na tragédia na cidade Brumadinho, em Minas Gerais, Cassio Cruz Silva Pereira, 27 anos, e o pai Carlos Augusto dos Santos Pereira, ainda não foram encontrados. Em participação por telefone no Programa ‘É do Povo’, Daniela, esposa de Cássio, que está em Brumadinho acompanhando as buscas, desabafou sobre as informações falsas que estão circulando nos grupos de WhatsApp sobre o aparecimento dos matenses.
“Eu gostaria de pedi, por favor, que as pessoas que estão me mandando mensagem dizendo que meu marido foi encontrado morto, e que meu sogro está morto, por favor tenham a sensibilidade pelo amor de Deus. Vocês não têm ideia do que estamos passando aqui. Ninguém tem ideia do que a gente está passando. O que mais queríamos é que meu esposo e meu sogro estivessem aqui agora. Eles ainda não foram encontrados. Não achamos o corpo e nem eles vivos, nada disso que estão divulgando aí, em mensagem em áudio, que a mãe dele está falando que achou ele. É tudo mentira!”, dispara.
Daniele falou a reportagem do É do Povo que a Mineradora Vale ofereceu assistência as famílias dos trabalhadores. “Eu sei que isso não vai trazer meu marido de volta, é o mínimo que eles podem fazer. Eles sabiam o que estava acontecendo, sabiam que a barragem iria romper e mesmo assim colocaram eles para trabalhar. A gente não quer saber de dinheiro, eu quero meu marido, meu sogro, queremos eles”, afirma.
Ao final da participação, Daniele falou que as buscas continuam e acredita que seu marido e sogro estão vivos. “Eu sinto que meu marido e meu sogro estão vivos”, frisa.
Matenses – Carlos Augusto dos Santos Pereira, conhecido como Linho, e o filho, Cássio Cruz Silva Pereira, 27 anos, trabalhavam na área de solda da mineradora há seis meses. Os nomes de ambos estão na lista de desaparecidos divulgado pela Mineradora.
Desaparecidos – Atualização no número de vítimas do rompimento da barragem em Brumadinho: 60 óbitos; 292 desaparecidos; 382 localizados e 19 corpos identificados. O porta-voz da Defesa Civil de Minas Gerais declarou que 135 pessoas estão desabrigadas.
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