“Eram humilhados, abusados, explorados sexualmente”, diz delegada sobre vítimas de treinador de futebol preso em Salvador

A titular da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Dercca), Simone Moutinho, disse que o caso do treinador de time de futebol que foi preso nesta quinta-feira (19) por abuso sexual e corrupção de menores, em Salvador, envolveu o resgate de jovens que eram “humilhados, abusados, explorados sexualmente”. Até o momento, 11 vítimas foram contabilizadas. Mas existe a possibilidade de o número ser ainda maior, pois o suspeito trabalha no local há mais de 10 anos, explica a delegada. Os adolescentes faziam parte de um time de Cajazeiras.

“O trabalho de investigação e a prisão envolveram várias mãos. O que a gente viu é algo muito triste. A gente tem dimensão de outras vítimas, diante do que foi coletado do material apreendido, celulares, computadores”, disse Moutinho.

Segundo a delegada, a Dercca fez o encaminhamento das vítimas para o setor psicossocial e depois para os seus lares, mas o trabalho de acompanhamento psicológico continua. “Aqueles que tinham pais, foram entregues aos pais. Aqueles que ficavam nos alojamentos, mais vulneráveis, estão sob a proteção da rede”, acrescentou a delegada.

A delegada afirma que o suspeito foi preso em flagrante por estupro, corrupção de menores, além de responder pelo armazenamento e transmissão de material pornográfico dos menores, com cenas de nudez.

“Ele tinha o mandado de prisão temporária. E quando a gente foi cumprir o mandato, ocorreu o flagrante do indivíduo com o material pornográfico das vítimas. Com isso, fizemos a prisão em flagrante e solicitamos a mudança para a prisão preventiva. Estamos aguardando a decisão da Justiça”, disse a delegada.

Os cumprimentos dos mandados de prisão e busca e apreensão fazem parte de mais uma etapa da Operação Flor Lótus, deflagrada pela Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra a Crianças e o Adolescente (Dercca), em alusão ao mês de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A ação contou com apoio de policiais da delegacia especializada e da Coordenação de Operações Policiais (COP), do Departamento de Polícia Metropolitana (DEPOM).

Com informações do BNews

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