Enfermeira é presa acusada de estuprar paciente com doença autoimune
Por causa da condição do paciente, os abusos não eram notados pela família e nem pela enfermeira do turno matutino
Uma enfermeira de 36 anos foi presa nesta terça-feira (9), em Ceilância (DF), acusada de estuprar por dois meses um paciente que possui esclerose lateral amiotrófica (ELA), doença degenerativa que atinge dois neurônios responsáveis por transmitir impulsos nervosos do cérebro para o corpo. O homem só consegue piscar os olhos devido a patologia. As informações são do Correio Braziliense.
De acordo com a reportagem, a vítima, de 54 anos, relatou os abusos através de um equipamento de comunicação que permite a formação de palavras por meio do movimento dos olhos.
“A suspeita trabalhava na residência desde 2015, como home care. Confirmamos que a vítima foi estuprada em dezembro de 2018 e em janeiro deste ano. Ela era a enfermeira noturna e responsável por dar o remédio ao homem para que ele conseguisse dormir. Entretanto, ela não dava a medicação, para que ele continuasse acordado e, assim, pudesse abusá-lo sexualmente”, contou o delegado-adjunto Maurício Iacozzilli ao correio Braziliense.
Por causa da condição do paciente, os estupros não eram notados pela família e nem pela enfermeira do turno matutino. À polícia, ela contou que, pela manhã, nova alterações nos sinais vitais da vítima, mas acreditava que isso se dava por causa da doença e pela ausência de sono. “Só quando o caso veio à tona ela percebeu o que acontecia”, disse o delegado.
Em depoimento à polícia, a suspeita negou os abusos. Porém, a esposa e o filho do paciente disseram que ela confessou o crime para eles. “A mulher teria chegado a pedir desculpas por tudo, mas, para nós, mudou a versão. Mas com todas as informações coletadas, representamos contra ela”, relatou Iacozzilli.
A enfermeira, que está presa, será indiciada por estupro de vulnerável e, se condenada, pode pegar até 15 anos de detenção.
por iBahia