Em feira de Luisa Mell, público desiste ao não achar cães de raça

Interessados fizeram fila duas horas antes da abertura, mas foram embora depois de saber que só havia vira-latas no evento de adoção

A fila na Vila Clementino começou duas horas antes do evento e dobrou o quarteirão (Arquivo pessoal/Divulgação)

Na semana passada, a ativista Luisa Mell causou comoção ao resgatar 135 cães de raça de um canil em Osasco, na região metropolitana, onde viviam em más condições e sofriam maus-tratos. Eram yorkshires, lhasa apsos, pugs…

Nesta quarta (4), Dia de São Francisco de Assis, a protetora promoveu uma de suas habituais feiras de adoção, desta vez na Vila Clementino. Ela mantém o Instituto Luisa Mell, uma ONG onde cuida de centenas de cães e gatos.

Levada pelo caso de repercussão nacional, muita gente resolveu ir até o local para adotar um pet. Dezenas de pessoas formaram uma fila que dobrou o quarteirão duas horas antes do evento começar, uma raridade para uma atração desse tipo.

Quase todo mundo foi embora ao descobrir que não havia cães de raça para adoção (Arquivo pessoal/Divulgação)

Até aí, tudo bem. O problema é que o pessoal achou que ia levar para casa algum cão de raça. Mas… como esses animais resgatados do canil ainda estão passando por tratamento e Luisa está brigando pela guarda definitiva da matilha, nenhum deles estava na feira (não se sabe quando ficarão disponíveis). Havia somente vira-latas, como costuma ser de praxe nessas situações.

Quando soube que não se tratava de mascotes com pedigree, o pessoal foi praticamente todo embora. Luisa conseguiu doar apenas sete cães e dois gatos na data.

“A gente recebeu 4 000 e-mails de interessados em pegar os cachorros de raça“, disse a ativista a VEJA SÃO PAULO. “E eu fico implorando, rastejando para adotarem os vira-latas.”

Uma reação similar se deu na invasão ao Instituto Royal, em 2013. Na época, a comoção também foi grande para adotar os beagles que passavam por testes e experimentos. *Por Veja

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