Dilma deve ganhar mais de R$ 290 mil na presidência do Banco dos Brics
Indicada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para comandar o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), conhecido como Banco dos Brics, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) deve receber um salário superior a R$ 290 mil. Com informações do Metrópoles
Sediado em Xangai, na China, o Banco dos Brics financia projetos de infraestrutura e sustentabilidade nos países que integram o grupo: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A indicação da petista já recebeu o aval dos demais países do bloco e deve ser oficializada nos próximos dias.
De acordo com o último balanço anual divulgado pelo Banco dos Brics, o total pago em salários e benefícios aos funcionários que ocupam cargos de chefia na instituição – o presidente e cinco vice-presidentes – é de US$ 4 milhões por ano (R$ 21 milhões). O banco não discrimina o valor pago por cargo.
Em um cenário hipotético no qual o valor total fosse dividido igualmente entre o presidente e os cinco vice-presidentes, cada um receberia US$ 55,5 mil mensais, o equivalente a R$ 291,4 mil. A tendência, contudo, é que o presidente tenha um salário maior que os vices.
O Banco dos Brics, atualmente, conta com uma carteira que soma US$ 32,8 bilhões (R$ 172,2 bilhões) em financiamento para quase 100 projetos. Segundo a instituição financeira, a meta é que sejam investidos mais de US$ 30 bilhões (R$ 157,5 bilhões) até 2026.
Primeira mulher presidente do Banco dos Brics
Dilma Rousseff será a primeira mulher a ocupar a presidência do Banco dos Brics. O atual presidente da instituição, Marcos Troyjo, deve renunciar ao cargo – ele já foi procurado pelo governo brasileiro e informado sobre a indicação de Dilma.
Troyjo, que assumiu o comando do banco em 2020, teria sido sondado para participar da gestão do governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas. Seu mandato à frente do Banco dos Brics se encerraria em 2025.
O Brasil já teve nove projetos aprovados pela instituição e recebeu R$ 4,4 bilhões em empréstimos. O valor mais alto (R$ 1,2 bilhão) foi destinado a um projeto de infraestrutura sustentável do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) – que hoje é comandado por Aloizio Mercadante, ex-ministro de Dilma.