Diego Hypólito anuncia aposentadoria e revela agressões após foto com Bolsonaro

“Não sou melhor que ninguém”

Foto: Reprodução / Tv Globo

Diego Hypólito anunciou neste sábado (30) que está aposentado da ginástica. Durante o programa Altas Horas o agora ex-ginasta de 33 anos afirmou que o esporte lhe proporcionou momentos inesquecíveis, mas agora ele estaria dando início à uma nova temporada na própria vida:

“Hoje foi um programa muito especial para mim. Eu estou anunciando minha aposentadora da ginástica, que foi a melhor coisa que já vivi na minha vida, tudo o que eu passei. Foi tudo muito bom de verdade”, acrescentou o atleta, chorando. Eu tive uma carreira muito abençoada, eu só tenho a agradecer”, afirmou.

Chorando, Hypólito afirmou que jamais imaginou que seria bicampeão mundial: “Nunca imaginei que iria me tornar um bicampeão mundial dentre tantas pessoas abençoadas, pessoas que se esforçam. Eu queria que vocês soubessem que todos os meus resultados foram de vocês todos, em conjunto comigo. Muito obrigado. Estou me aposentando, mas agora vou entrar como cantor”, brincou.

Diego ressaltou ainda que os momentos que viveu durante a carreira foram mais importantes que as medalhas: “As medalhas estão guardadas, mas o que mais vale, realmente, é a lembrança, motivar pessoas, saber que crianças podem mudar a vida pelo esporte, como inclusão social, não como veículo”.

No programa, Diego Hypólito afirmou que precisou contratar segurança particular por causa de ameaças sofridas após posar para uma foto ao lado do presidente Jair Bolsonaro:

“Foi ele que pediu para me encontrar. Não foi um pedido meu. Eu fui em prol de um esporte, de cultura, da educação, que estão deixadas de lado. Quando você aparece em uma foto, parece que você apoia todas as intolerâncias. Eu escutei todas as ameaças possíveis contra mim, contra minha família. Eu fui muito atacado”, contou Diego, que continuou:

“Eu jamais trataria as pessoas como estou sendo tratado. Eu precisei contratar um segurança por que estava com medo. É uma coisa absurda. Principalmente pelo meu público. Eu sou gay. O meu público é o público do amor. Então não pode tratar com ódio uma pessoa que é igual às outras pessoas. A sensação que eu tive é que todo esse amor que as pessoas dizem que propagam retrocedeu muito. Não sou melhor que ninguém”.

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