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Desaparecido há 17 dias: família do músico “Renatinho”, vítima de “tribunal do crime”, planeja novos protestos para pressionar SSP e mãe desabafa

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Creditos da foto: Fábio Gomes/TV Aratu

Paula Santos, mãe do músico percussionista Renato Santos Evangelista Sobrinho, ainda convive com o drama de não poder enterrar o corpo do filho, desaparecido há 17 dias. Nesta terça-feira (7/12), ela voltou a conversar com o Grupo Aratu e detalhou como tem passado as últimas semanas. Para ela, o sumiço dos autores do crime aumenta a revolta.

“Já são 17 dias, nem corpo nem esses miseráveis apareceram ainda. Se fosse conhecido do governador já tinham achado. Como é de uma área popular, não encontraram esses bichos ainda. Aonde está a polícia e o governador para ver esses coisas?”, questionou, durante o programa Cidade Aratu. ”

Além da mãe, outros familiares de Renatinho e amigos buscam as respostas para as perguntas que ainda estão sobre o caso. Eles, inclusive, pranejam novas manifestações para pressionar a Secretaria da Segurança Pública (SSP).

“Fui a última vez na delegacia na semana passada, que a delegada me pediu. Sei que não pegaram nenhum bicho. Muito estranho isso aí. Quero achar o corpo do meu irmão para dar um enterro digno. Tem sido uma luta, eu sustento todos aqui. Minha mãe todos os dias chora e se desespera. Já sabe quem foi, já tem vídeo, mostra logo onde está o corpo”, desabafou a irmã, Kelly Santos.

DESAPARECIMENTO
O jovem, que morava em Portão – bairro controlado por uma facção criminosa diferente do grupo que atua em Vila de Abrantes, em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador -, estava trabalhando na região do “Mutirão”. Após um show, no dia 23 de novembro, ele foi chamado por traficantes.

“Peão”, “Bira” e “Bical” são os três homens identificados pela Polícia Civil como autores da morte do músico. No último dia 29 de novembro, reportagem do Aratu On mostrou que os bandidos filmaram a execução da vítima. Ubiraci dos Santos, o “Bira” e o comparsa dele, “Peão”, aparecem na imagem.

O bandido que filma o assassinato, a mando do líder do Bonde do Maluco na região, ainda não foi identificado pela polícia. Ainda de acordo com policiais da 26ª Delegacia Territorial, o chefe da facção que comanda a região conhecida como “Mutirão” é “Bical”, que atende ordens de Fábio Souza dos Santos, o “Geleia”, preso em 2018 no Paraguai.

A imagem da execução, fria e com pelo menos nove tiros, abalou a família de Renato. “Muito forte, muita dor. Queria que o governador colocasse mais policiais para pegar esses ‘caras’. Não tem como acontecer isso. Em um bairro que só tem 2 mil casas. Tem Polícia Militar, Civil, tem tudo, e não pega esses elementos”, disse um dos tios da vítima.

Com informações do Aratu ON