Início Tecnologia Como funciona o “Pessoas que você talvez conheça” do Facebook

Como funciona o “Pessoas que você talvez conheça” do Facebook

Grupo no telegram: t.me/seligacamacari | Site de vagas em Camaçari: ACESSE

Por TecMundo

Do nada, aparece uma pessoa que você não via a há anos na área “Pessoas que você talvez conheça” (Foto: Reprodução )

Se você é usuário do Facebook, certamente já deve ter ficado surpreso em alguma ocasião com as sugestões de amizade que a rede social oferece. Do nada, aparece uma pessoa que você não via a há anos na área “Pessoas que você talvez conheça”, e, em algumas situações isso pode ser um pouco perturbador, ainda mais quando não há nenhum amigo em comum entre você e a sugestão.
Esse recurso do Facebook já gerou muita polêmica e tem alimentado rumores de que a rede social “espiona” emails que não estão conectados com os serviços da empresa. Kashmir Hill, do Gizmodo, fez um levantamento de algumas histórias interessante sobre essa suposta espionagem e descobriu que a conexão entre pessoas muitas vezes depende dos contatos armazenados no smartphone que os usuários do Facebook compartilham com a rede social.
Em um dos casos, uma advogada disse ter deletado sua conta no Facebook após ter recebido uma sugestão para fazer amizade na rede social com um defensor público com o qual ela só tinha tido contato via email profissional. Com isso, a advogada ficou convencida de que o Facebook estava espionando de alguma forma seus emails do trabalho.
O caso, segundo Hill, é provavelmente fruto dos “perfis-sombra” que o Facebook faz de cada usuário. Isto é, perfis com informações ocultas que o usuário não consegue ver nem controlar. Esses perfis são construídos com dados que os usuários e os amigos dos usuários compartilham com a rede social de forma privada ou pública.
Assim, se você compartilhou sua lista de contatos do smartphone com o app do Facebook ou do Messenger, a rede social consegue cruzar números de telefone, emails, fotos de perfil e muitos outros detalhes para encontrar usuários da rede social e sugeri-los como amigos. No caso da advogada, é provável que ela tenha compartilhado sua lista de contatos, ou mesmo o procurador, no qual constava o email de ambos. Fazendo um cruzamento de informações, a rede social imaginou que ambos poderiam ser amigos.
O problema é que esses perfis-sombra, como eles têm sido chamados na web, guardam muito mais informações sobre os usuários do que eles imaginam. É possível que o Facebook saiba praticamente todos os endereços nos quais você morou através dos contatos que você mantém ou manteve dos seus locadores e também todos os números de celular ou telefone fixo que você já usou na vida. Isso porque você ou seus amigos podem ter compartilhado suas listas de contato com a rede social.
Quem não deve, não teme?
Certamente, muita gente pode dizer que “quem não deve, não teme”, mas a questão não é só essa. Apesar de o Facebook pedir permissões para coletar todos esses dados, os usuários não têm como saber qual é a real dimensão da coisa. Depois de anos, você pode ter tantos dados disponíveis para a empresa que sua vida inteira pode ser como um livro aberto.
Mesmo que isso não comprometa ninguém de forma legal, será que as pessoas realmente não se importam em dar tantos dados assim para uma empresa que lhes fornece uma rede social cheia de anúncios?