Cena do Crime: caso de músico sequestrado em Abrantes completa um ano sem família achar o corpo
Na terça-feira (22/11), o Aratu On continuou o quadro Cena do Crime, que relembra os casos que mais marcaram a Bahia nos últimos anos. No site e no Instagram (@aratuonline), o jornalista Jean Mendes (@jeanmendesc) traz vídeos – de até dois minutos – que, além de repercutir os crimes, ainda apontam novidades, se houver.
Hoje, vamos relembrar o caso do músico Renato Santos Evangelista Sobrinho. Há exatamente um ano, no dia 21 de novembro de 2021, ele saiu de casa para fazer um show na Região Metropolitana de Salvador e não voltou mais.
“Renatinho”, como era conhecido, foi sequestrado por traficantes da localidade conhecida como “Mutirão”, em Abrantes, Camaçari. O corpo jamais apareceu.
Um ano. São 365 dias sem que Paula Santos veja o filho voltar para a própria residência, que fica no bairro de Portão, em Lauro de Freitas.
“Renatinho”, que era percussionista, saiu de casa para um show na localidade do “Mutirão” de Abrantes. Lá, traficantes da facção Bonde do Maluco não gostaram de ter uma pessoa de Portão – onde a facção Comando Vermelho domina – fazendo uma apresentação com a banda e mandaram matar o rapaz.
A execução do músico foi confirmada após um vídeo ser divulgado pelos bandidos. O vídeo mostra “Renatinho” com três homens – pelo menos dois armados com pistolas -. “Vai me matar, é?”, questiona, antes de receber o primeiro tiro. Ele corre, mas é alcançado pelo trio.
O homem apontado como integrante da quadrilha de “Bical” é preso. “Biel” foi achado durante uma ação da 59ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/Abrantes). Na porta do DHPP, ouvido pelo repórter da TV Aratu, Fábio Gomes, o suspeito negou envolvimento no caso.
MORTES DE SUSPEITOS
Em abril de 2020, a Polícia Civil deu uma resposta, ainda que incompleta sobre o caso. Três suspeitos de tráfico morreram durante uma megaoperação. Na ação, batizada de “Disciplina”, foram cumpridos 11 mandados e ocorreu uma prisão em flagrante.
“Eles [investigados na operação] faziam como se fossem o grupo da disciplina. Nele, ordenavam as execuções de pessoas e temos corpos não encontrados”, detalhou a então titular da 26ª Delegacia Territorial, Danielle Monteiro.
“Eles eram investigados não só na morte de Renatinho, mas também em relação a um guarda municipal de Salvador. Investigações indicavam esses alvos como suspeitos. Isso refletiu em uma ação conjunta da Polícia Civil como um todo. Há indicativo claro de que eles têm envolvimento, inclusive os resistentes”, ressaltou o delegado Yves Correia.
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