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Caso Arembepe: corpo de criança vai passar por exame de DNA

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Amostras de sangue e saliva do pai de Davi de Santana da Silva, 4 anos, foram colhidas no IML

A família do menino Davi de Santana da Silva, 4 anos, aguarda pela realização de um exame de DNA para ter certeza de que o corpo de uma criança, encontrado às margens do Rio Capivara, próximo à Aldeia Hippie de Arembepe, na manhã de domingo (4), é mesmo do garoto – que havia sido levado pela mãe, na última terça-feira (30).

Grazielle de Santana da Silva, 28, sofria de esquizofrenia e morreu após se jogar na frente de um carro na BA-099, Estrada no Coco, na quinta-feira (1º). Momentos antes, ela procurou uma vizinha e afirmou ter matado o filho. A versão é investigada pela Polícia Civil.

Pai da criança, o aposentado Damião da Silva, 53, esteve no Instituto Médico Legal Nina Rodrigues (IMLNR), nesta terça-feira (6), onde colheu amostras de sangue e saliva para auxiliarem na realização do exame.

Por meio de sua assessoria, o Departamento de Polícia Técnica (DPT) informou que o corpo continua no IML mas não confirmou, porém, que o cadáver vai passar por DNA. Conforme o órgão, a necessidade do exame ainda está em avaliação.

Grazielle sofria de esquizofrenia (Foto: Reprodução)

De acordo com o tio de Davi, o socorrista Eduardo da Silva, 21, o pai do menino está aflito com o prazo que o exame pode levar até ficar pronto. “Estivemos no IML, eles colheram as amostras [de sangue e saliva], mas fomos informados que o resultado pode sair em dois meses, como também em um ano. Nossa maior preocupação é essa. Tudo já está pronto para o enterro, só aguardamos isso se resolver”, contou ele ao CORREIO.

Ainda segundo o socorrista, a família de Davi, incluindo o pai, não acredita que Grazielle tenha matado o filho. “Ele não tinha nenhum problema psicológico, mas sofria de asma. Isso pode ter ocasionado a morte dele. Não sabemos. Mas acreditamos que ela não matou Davi, não”, salientou Eduardo, acrescentando que todos acreditam que o corpo é mesmo do garoto.

O DPT alegou que corpos de crianças têm prioridade na realização do DNA mas confirmou, no entanto, que não existe um prazo para que o resultado fique pronto.

Sumiço e mortes
Um dia após sumir com Davi, Grazielle foi à casa de uma vizinha e afirmou que havia matado o filho. Depois de apontar o local onde estaria o corpo, ela morreu atropelada por um carro – o motorista, que não prestou socorro, é procurado pela polícia.

Ela já havia sumido com a criança durante o pós-parto. Na época, foi encontrada no mesmo lugar onde o corpo foi resgatado neste domingo. O pai, entretanto, disse ao CORREIO que não acredita que a esposa tenha matado o filho.

“A outra vez que ela sumiu com Davi, ele tinha 6 meses de nascido e ela cuidou bem dele. Amamentou e o protegeu do mato. Ela se cortou toda e ele não teve um arranhão sequer. Acho que ela não o matou, mas só a perícia para dizer”, declarou ele, na tarde desta segunda-feira (5).

A titular da 26ª Delegacia (Vila de Abrantes), delegada Daniele Monteiro, disse que a mulher confessou a uma moradora de Arembepe que foi responsável pela morte da criança.

“A mulher disse que perguntou pelo menino e Grazielle respondeu: ‘os urubus irão mostrar onde está o corpo. Ele já está no céu’. E logo depois ela correu. A mulher disse que tentou até segurá-la, mas não conseguiu”, explicou a delegada. A mulher foi ouvida pela Polícia Civil e contou que foi responsável por alimentar e abrigar Grazielle, após reaparecer, já sem o menino.

Além do laudo que apontará a causa da morte do menino, a polícia quer localizar o motorista do veículo que atropelou Grazielle. “Sabemos que a mãe do menino cometeu um suicídio, mas queremos saber porque o motorista não prestou socorro”, disse a delegada, sem dar mais detalhes do caso. Procurada pelo CORREIO nesta quarta-feira (7), a delegada afirmou não ter novidades sobre o caso.