Casa de jornalista é alvo de atentados em Jauá

Um dos tiros atravessou a porta do quarto de serviço da garagem da casa (Foto: Reprodução)

Por CN1

A casa da jornalista Ana Maria Mandim, presidente da AVP – Associação de Moradores da Rua Aquarius e Via Parque, de Jauá, foi alvo de um atentado a tiros e outro de incêndio proposital do contador de luz da Coelba, o que deixou a casa da jornalista às escuras durante um dia e uma noite.

Ao que tudo indica, os autores dos atentados se encontram entre os invasores de uma área de preservação permanente (APP), situada às margens da Lagoa de Jauá, em trilha transversal à Rua São Francisco, uma das mais conhecidas da localidade. Parte das construções se encontra sobre uma nascente da lagoa. A água mina do chão e se empoça entre os tijolos.

O projétio foi recolhido pela Polícia Técnica (Foto: Reprodução)

Denúncia de moradores

A raiva dos invasores se concentrou na jornalista, que acompanhou uma equipe de fiscalização da Secretaria de Serviços Urbanos (Sedur) ao local após denúncia feita por um casal de moradores da Rua Francisco. “Os moradores bateram no meu portão às sete da noite e pareciam revoltados. Disseram que uma caçamba havia derramado uma montanha de areia no meio da trilha e que estavam construindo sobre nascente”, afirmou a jornalista ao Camaçari Notícias.

A denúncia procedia. Segundo Ana Maria Mandim, a “montanha” era de areia retirada de duna, o que configura outro crime ambiental. Tanto a construção em APP quanto o roubo de areia de duna são crimes previstos em legislação estadual e federal, sujeitos a multa e pena de prisão. A investigação dos fiscais da Sedur revelou que se trata de área pública, o que agrava o ilícito.

A jornalista disse que apurou os nomes das pessoas envolvidas na invasão e verificou que nenhuma delas precisaria transgredir a lei para morar porque todas, sem exceção, dispõem de casa própria a poucos metros da invasão. Os imóveis em construção se destinam à venda ou a aluguel para terceiros.

Tiros e incêndio

Três tiros foram ouvidos por caseiros da Rua Aquarius em 11 de julho, uma quarta-feira. Um dos tiros atravessou a porta do quarto de serviço da garagem da casa da jornalista. O projétil, aparentemente de calibre 38, foi recolhido pela Polícia Técnica. O incêndio aconteceu na noite de sábado para domingo. O relógio de luz foi reduzido a cinzas. Vários moradores viram o fogaréu que saía do muro.

Esses eventos foram devidamente registrados pela jornalista na 26ª Delegacia Territorial de Abrantes.

A jornalista pleiteia aos órgãos de segurança que, tanto os crimes ambientais quanto os atentados, sejam esclarecidos e os responsáveis, punidos.

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