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Bolsonaro vai insistir em isenção do IR para até 5 salários mínimos

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Já a equipe econômica defende ajustar a faixa de isenção do Imposto de Renda apenas pela inflação

A reforma tributária do governo federal está bem encaminhada, mas algum ponto ainda pode ser alterado no que depender da vontade do presidente Jair Bolsonaro. Enquanto a equipe econômica defende ajustar a faixa de isenção do Imposto de Renda apenas pela inflação, o chefe do Executivo federal não pretende abrir mão de isentar do tributo quem recebe até cinco salários mínimos.

A isenção corrigida apenas pela inflação foi apresentada a Bolsonaro e teve o sinal verde. “Isso aí eu já falei que, se não mudar nada, pelo menos corrija só a inflação”, explicou. No entanto, caso se confirme, será uma proposta que não atende a uma promessa de campanha de Bolsonaro, de isentar quem recebe até cinco salários mínimos. Nesta sexta-feira (9/8), na saída do Palácio da Alvorada, ele declarou que vai insistir no cumprimento da proposta.

O presidente vai conversar com o ministro da Economia, Paulo Guedes, na tentativa de viabilizar a medida. “Falei isso aí, sim (de isenção durante a campanha). Tinha conversado com o Guedes e vou continuar batendo nesta tecla. Porque acho que quem ganha até cinco salários, em grande parte, todos têm Imposto de Renda retornando. Se a gente puder facilitar a vida deles, seria muito bom no meu entender”, sustentou.

Para o presidente, não há problemas em isentar de Imposto de Renda as pessoas que recebem até cinco salários. “O IR passou a ser redutor de renda. Queremos mostrar que dá para fazer diferente. Sabemos das dificuldades que o Brasil atravessa e queremos facilitar a vida das pessoas. É isso que pretendo. Em vez de declarar ‘X’ de imposto de renda todo ano, quem sabe ‘X’ – ‘Y’”, ponderou.

Propostas

A proposta do secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, de um imposto sobre transações financeiras de ponta a ponta, tanto por quem paga, quanto por quem recebe, aos moldes da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), foi rechaçada pelo presidente. “Já falei que não existe CPMF. Ele (Cintra) quer mexer. São tudo propostas. Então não vai dizer lá na frente que eu recuei”, afirmou.

Questionado se seria contra o tributo sobre movimentações financeiras, avisou que não tolerará uma CPMF. “Vocês me colocam em uma situação que eu não gostaria de falar. Não é minha. Eu já falei pra vocês. (…) CPMF que posso falar, não (vai ter)”, declarou. Admitiu, contudo, que há o interesse em reduzir as faixas máximas do Imposto de Renda para trabalhadores. “(Temos) proposta para facilitar o IR para aumentar a base, diminuir o imposto, de 27,5%. Grande parte paga o IR e recebe, por que essa brutal democracia. Nós sabemos também que não são todos, muita gente arranja nota fiscal para justificar educação, saúde. Queremos acabar com isso simplificando”, destacou.

Com informações do Correio Braziliense