Início Barra do Pojuca Bandidos invadem terreiro, roubam celulares e agridem babalorixá, em Barra do Pojuca

Bandidos invadem terreiro, roubam celulares e agridem babalorixá, em Barra do Pojuca

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Por Aratu Online

Um grupo de seis homens armados invadiu um terreiro de candomblé em meio a uma cerimônia religiosa, roubou os pertences das pessoas que estavam no local e agrediu o babalorixá Rychelmy Esutobi. O caso aconteceu na noite deste último sábado (12/1) no terreiro Iê Axé Ojisé Olodumare, na vila de Barra do Pojuca, em Camaçari (40 km de Salvador).

Os adeptos do candomblé estavam reunidos numa cerimônia de saudação a Oxalá, quando foram surpreendidos pela chegada dos homens armados. Segundo os integrantes do terreiro, os assaltantes fizeram com que todos deitassem no chão. Pessoas que estavam incorporadas pelos orixás foram sacudidas e revistadas.

Além do babalorixá, um outro homem foi agredido com coronhadas na cabeça. Ambos foram atendidos em hospitais da região e passam bem.Os bandidos roubaram telefones celulares e um carro, além de instrumentos de culto considerados sagrados no candomblé. Também agrediram verbalmente os adeptos, associando a religião a demônios.

“É um momento de muita dor e reflexão. A gente ver o nosso sagrado ser profanado e ser agredido nos dói muito, mas também nos fortalece”, afirmou o babalorixá Rychelmy em um vídeo postado em uma rede social.

A Polícia Civil irá investigar o caso, que também será denunciado ao Ministério Público e ao Centro de Referência de Combate ao Racismo e Intolerância Religiosa.

VEJA VÍDEO:

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Em nome do Babalorixá Rychelmy Imbiriba e todo Egbé do Ilê Axé Ojisé Olodumare viemos através dessa nota relatar mais um caso de violência e intolerância religiosa que infelizmente acometeu nossa família neste sábado (12.01.19). Hoje, durante a cerimônia pública em louvor a Osalá, nossa casa foi invadida por bandidos armados que além de levar os pertences dos presentes (Egbé e convidados) profanaram a nossa fé, desrespeitaram nosso espaço sagrado, o nosso culto e agrediram o fisicamente o Babà Rychelmy Esutobi. Nesse momento, lembramos do quanto a nossa religião foi duramente perseguida. É impossível não lembrar do nosso ancestral, nosso avô Pai Procópio de Ogunjá que tanto foi perseguido como alvo de violência. E, apesar de toda perseguição se manteve firme na fé e seguindo na religião. Hoje somos alvo da violência que assola toda a nossa sociedade, acrescida da violência religiosa. Apesar de todo ocorrido estamos bem e continuaremos contritos em nossa fé conforme nossos antepassados nos ensinaram. Pedimos desculpas aos presentes na festa por terem vivido esse momento de aflição em nosso espaço que tanto remete a paz e segurança. Tomaremos as providências cabíveis para que fatos como esse não mais ocorram em nosso Ilê Axé. Atenciosamente, Família Ojisé.

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