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Bahia acerta com Kayke, que tenta reencontrar caminho

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Por A Tarde

Kayke marcou três gols pelo Santos no último Campeonato Brasileiro (Foto: Reprodução )

Somando os gols, em 2017, dos cinco atacantes do atual elenco tricolor, chega-se a um modesto número: 24, oito a menos do que o alcançado por Henrique Dourado, artilheiro do Brasil pelo Fluminense no ano passado.

No mesmo período, Kayke construiu uma trajetória de pouco brilho no Santos. Em 42 jogos, anotou apenas nove tentos e terminou o ano sofrendo críticas da torcida.

Em 2018, Bahia e Kayke se encontram para buscar um atalho no caminho das redes. O clube está praticamente fechado com o jogador de 29 anos, que virá por empréstimo até o fim da temporada. Dono de seus direitos, o Yokohama Marinos, do Japão, ainda pagará uma parte dos salários.

Nascido em Brasília, Kayke Moreno de Andrade Rodrigues rodou pela Escandinávia – atuou na Suécia, Noruega e Dinamarca – antes de aparecer no cenário nacional: pelo ABC, em 2015, quando marcou 20 gols em 35 jogos.

Fez tanto sucesso que rumou ao Flamengo ainda naquela temporada. No Rubro-Negro, não decepcionou. Em 16 partidas (10 como titular), balançou as redes seis vezes e acabou vendido por US$ 2 milhões (cerca de R$ 7,5 milhões na época) ao Yokohama Marinos, no início de 2016. No Japão, entretanto, deixou a desejar: só cinco gols marcados em 28 jogos.

Por conta do desempenho insosso, foi emprestado ao Santos, clube pelo qual também não correspondeu. “Kayke chegou para ser o reserva imediato de Ricardo Oliveira, porém, falhou miseravelmente. Ele é fraco tecnicamente, mas é um jogador que pode ser interessante se for bem treinado, num esquema mais favorável. Lembra um pouco Edigar Junio, pela movimentação”, avalia o jornalista Caio Nascimento, que escreve sobre o Peixe no ESPN FC.

Para Nascimento, Kayke se dá melhor em times que apostam no contra-ataque: “Seu grande jogo foi contra o Atlético-PR, no triunfo por 3 a 2 pelas oitavas da Libertadores [o atacante fez dois gols na partida], justamente pela postura reativa da equipe. Ele tem boa velocidade e não é jogador pra brigar com zagueiro, mas pra chegar de trás”.

Ainda de acordo com o jornalista, o provável novo reforço do Bahia sofreu no Santos também por conta de um detalhe extracampo: “Ricardo Oliveira tinha uma influência muito grande no elenco. Mesmo não estando bem, era bancado. Kayke precisaria ter uma sequência estupenda pra ser titular”.

Concorrentes

Com a chegada de Kayke, o Tricolor vai passar a ter seis atacantes em seu elenco. Os demais são Edigar Junio e Elber, titulares nos primeiros treinos da pré-temporada, além do tarimbado Hernane e dos garotos da base Júnior Brumado e Kaynan.

O novo contratado será alternativa para o Bahia mexer em seu esquema de jogo, pois o time vem atuando sem um homem de referência desde que Edigar Junio passou a acumular funções de ‘camisa 9’.

Enquanto isso, o clube segue tendo de cumprir contrato com Hernane, que fica até o final do ano ganhando um dos maiores salários do elenco. O Bahia procura repassá-lo a outro time, mas ainda não conseguiu.