Astrid desabafa após filho ser vítima de racismo em praia da Bahia: ‘Ficou desnorteado’

A apresentadora Astrid Fontenelle usou seu perfil no Instagram para desabafar sobre um episódio de racismo que seu filho Gabriel, de 13 anos, sofreu em uma praia na Bahia, onde estão curtindo as férias.

“Meu sol, minha lua! Meu menino anjo. Minha estrela. Garoto de bom coração, adorável, amigo dos amigos. Por ele viro bicho! E desviro para acolhe-lo. Hoje cedo, na praia, foi vítima do racismo estrutural. A fulana o ‘confundiu’ com o funcionário do hotel que atende a praia. Pediu um colchonete para ele. Mandei ela buscar no quiosque. Ficou com cara de espanto: ‘Como?’, na testa escrito ‘mas ele não trabalha aqui?’ Sim, na cabeça dessa certamente basta ser preto para ser o serviçal e aí está o racismo estrutural que gente como a tal senhora, não quer entender”, começou a jornalista.

Na sequência, a famosa contou que rebateu a mulher e ainda ouviu que racismo era “coisa de sua cabeça”. “Falou que eu estava dando show porque era artista. Nada disso. Sou uma mulher bem informada que, além de não ser racista, sou antirracista! Esse é meu compromisso. Com meu filho e com qualquer outra pessoa preta”, afirmou.

Por fim, Fontenelle demonstrou sua chateação, principalmente ao ver o filho triste com toda a situação. “No final, ela pediu desculpas para ele. E eu ofereci um presente, o livro que estou lendo: Escravidão, do Laurentino Gomes. Ela não aceitou. Ele ficou desnorteado. Triste. Eu fiquei put*. Triste. Mas ainda bem que aconteceu comigo ao lado dele. Temos um longo caminho pela frente”, finalizou.

Nos comentários, fãs e amigos da artistas deixaram uma mensagem de apoio à família. “Querida, todo meu carinho para o Gabriel. Para pretos como nós, essa é uma luta sem fim, não importa se famosos ou não”, escreveu a jornalista Glória Maria. “Já nos aconteceram muitas vezes. Estou desenvolvendo uma técnica de abordagem anti-racista cool. Para deixar bem explícito que ‘quem está dando show é quem comete o ato e não reconhece o fato’, mas sempre terminados putos e tristes, mas com menos livro para botar na lixeira”, complementou Drica Moraes.
Veja:

Botão Voltar ao topo
error: O conteúdo está protegido!